Qual a diferença entre um avalista e um fiador e quais os riscos de ser um?
Tanto um avalista quanto um fiador servem como garantias de pagamento em contratos feitos
Uma das maiores dificuldades de quem precisa conseguir um financiamento maior, seja para a compra de um imóvel, aluguel ou investimento em ativos, é o de garantir que aquele crédito concedido será pago no tempo estipulado. Algumas vezes é preciso recorrer a alguém externo que possa te ajudar a validar essa segurança financeira. A mais conhecida é o fiador, porém, também há o avalista. Vêm conhecer o papel de cada um!
O que é um avalista
O avalista é responsável por assumir a obrigação de pagamento de uma dívida caso o devedor principal não a cumpra. Segundo o CEO da Minha Casa Financiada, Vinícius Motta, ele atua como um coobrigado solidário, garantindo o pagamento da dívida com seus próprios recursos.
“Basicamente, ele é um garantidor de crédito. Em caso de inadimplência, ele se responsabiliza pelo pagamento da dívida de outra pessoa”, afirma.
O avalista concede o aval por meio de sua assinatura no contrato, declarando que está apto a assumir a responsabilidade em caso de atraso ou não quitação do valor concedido. Ou seja, basicamente, ele é um garantidor de crédito. Em caso de inadimplência, ele se responsabiliza pelo pagamento da dívida de outra pessoa.
Quem pode ser um avalista?
De acordo com o CEO, qualquer pessoa pode ser um avalista, porém, é obrigatório ser maior de idade (ter 18 anos ou mais), ter renda suficiente para arcar com o pagamento da dívida, se necessário, e possuir um bom histórico de crédito, o famoso “bom pagador”. Ter grau de parentesco não é obrigatório.
O que é um fiador
Assim como o avalista, o fiador é a pessoa, maior de 18 anos, que se compromete a garantir o cumprimento da obrigação de pagamento de uma dívida. A diferença entre ele e o avalista está na forma como se dá sua responsabilidade, que é subsidiária.
“Isso significa que o fiador só é acionado após o esgotamento das tentativas de cobrança do devedor principal. Enquanto o avalista assume a dívida como um coobrigado solidário desde o início, o fiador só será acionado se o devedor principal não honrar sua obrigação após todas as tentativas de cobrança”, destaca Motta.
As diferenças entre um fiador e um avalista
Tanto o avalista quanto o fiador são utilizados em situações onde há a necessidade de garantia de pagamento em um contrato. O avalista é mais comum em notas promissórias e letras de câmbio, enquanto o fiador é frequentemente usado em contratos de aluguel e empréstimos bancários.
Ambos assumem a responsabilidade de pagar a dívida caso o devedor principal não o faça, mas existem diferenças sutis entre os dois papeis.
Para Motta, quando a responsabilidade é solidária (avalista), o débito pode ser exigido tanto do devedor principal quanto do devedor solidário, sem necessidade de ser respeitada nenhuma ordem.
Mas no caso da responsabilidade subsidiária (fiador), primeiro é necessário cobrar o devedor principal de todas as formas possíveis para, apenas após esgotados todos os meios e tentativas de executá-lo, acionar o responsável subsidiário.
“Em caso de inadimplência, o avalista pode ser contatado a qualquer momento, até mesmo antes do devedor. Não pode ter bens de família penhorados para a quitação da dívida garantida”, aponta.
Já no caso do fiador, ele é contatado apenas em último caso, quando todas as tentativas de contato com o devedor, quem solicitou o crédito, falharem. Ele também pode colocar seu patrimônio, incluindo bem familiar, como garantia.
Quais os riscos de usar cada um e de ser cada um deles?
Para usar as duas garantias, ou até mesmo aceitar ser um deles, alguns riscos devem estar no radar da pessoa. Por isso, é importante entender e considerar todas as opções antes de concordar em ser um avalista ou fiador em um contrato.
- Risco de Inadimplência: Se o devedor principal não pagar a dívida, o avalista ou o fiador é legalmente obrigado a fazê-lo. Isso pode resultar em consequências financeiras negativas, como cobranças de juros, taxas adicionais e até mesmo processos judiciais.
- Impacto no Crédito: Ser avalista ou fiador pode afetar o histórico de crédito da pessoa, especialmente se o devedor principal não honrar seus compromissos. Isso pode dificultar a obtenção de crédito no futuro ou resultar em taxas de juros mais altas.
- Risco de Relacionamento: Se o relacionamento entre o devedor principal e o avalista ou fiador deteriorar-se, pode haver consequências pessoais e emocionais, além das financeiras.
- Perda de Bens ou Ativos: Se o avalista ou o fiador precisar pagar a dívida em nome do devedor principal, isso pode levar à perda de bens pessoais ou outros ativos para saldar a dívida.
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