Organizar as contas

Viver de renda: quanto preciso investir por mês para parar de trabalhar daqui 10 ou 15 anos?

Veja a estratégia para juntar dinheiro e viver de renda em 10 ou 15 anos

Com ISTOÉ Dinheiro

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Se você sonha em conquistar a independência financeira e não depender de um emprego formal dentro de 10 ou 15 anos, isso é possível através de investimentos, mas alcançar esse objetivo exige planejamento estratégico e guardar parte da renda atual.

Segundo cálculos do especialista Anderson Miranda, Head de Distribuição da assessoria de investimentos W1 Capital, quem deseja uma renda de R$ 10 mil por mês, por exemplo, precisaria hoje juntar R$ 1,8 milhão para poder viver dos rendimentos em aplicações financeiras, a chamada “renda passiva”.

Mas para garantir uma renda mensal de R$ 10 mil e parar de trabalhar, é essencial entender quais alternativas de investimentos oferecem os melhores retornos, os riscos e o valor dos aportes mensais para alcançar tal meta.

A pedido do site IstoÉ Dinheiro, Miranda elaborou projeções de quanto guardar por mês e onde aplicar para atingir a meta em 10 ou 15 anos.

Quanto preciso investir para juntar R$ 1,8 milhão?

Para quem ainda não construiu uma reserva em investimentos, o valor necessário para se guardar todo mês para virar milionário e parar de trabalhar pode ultrapassar a casa dos R$ 5 mil.

Segundo os cálculos de Miranda, para chegar a um valor de R$ 1,8 milhão em 10 ou 15 anos, seria necessário investir:

R$ 9.000 por mês durante 10 anos
Em Títulos do Tesouro atrelados à Selic ou e CDBs com rendimento de 100% do CDI

R$ 4.700 por mês durante 15 anos
Em Títulos do Tesouro atrelados à Selic ou e CDBs com rendimento de 100% do CDI

Para a simulação, foi usada estratégia para perfil conservador, com investimentos em títulos do Tesouro atrelados à Selic ou e CDBs com rendimento de 100% do CDI, o que garante atualmente um retorno de cerca de 0,8% ao mês de de 10% ao ano.

Títulos do Tesouro Selic são uma espécie de “empréstimo” ao governo, cujo rendimento é a taxa básica de juros, a Selic. Já os CDBs são empréstimos feitos aos bancos, que podem ter seu rendimento atrelado ao CDI, uma taxa sempre bastante próxima à Selic.

Os investimentos de renda variável, como ações, são mais arriscados e podem mesmo acarretar em perdas de patrimônio. Assim, antes de optar por eles, é recomendado buscar ajuda profissional ou robusta informação prévia. Para prazos mais longos, no entanto, selecionar investimentos mais arriscados como ações e fundos de investimentos pode levar a ganhos maiores.

Onde investir para ter renda passiva?

Após alcançar a marca de R$ 1,8 milhão em investimentos, é importante também escolher uma carteira de ativos que garanta liquidez. Ou seja, dinheiro para ser utilizado mensalmente para pagar as contas quando não houver mais salário.

Miranda recomenda uma estratégia com três classes de ativos:

Títulos do Tesouro Direto IPCA+: atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, estes títulos protegerão parte de seu patrimônio contra a desvalorização.

ETFs que pagam dividendos: sigla em inglês para “fundos de índice”, os ETFs são fundos de investimentos que buscam replicar diversos tipos de índices. Alguns pagam dividendos.

Fundos imobiliários (FIIs): são fundos de investimentos em ativos imobiliários. Podem ter em seu portfólio shopping centers, galpões de logística, salas comerciais e até outros ativos financeiros deste mercado.

“Se a gente junta a parte dos ETFs, com fundo Imobiliários e com títulos de renda fixa que pagam IPCA, a gente pode chegar a uma média de 0,6%”, explica Anderson Miranda sobre o retorno desses ativos.

É preciso atentar, no entanto, para que os ETFs e FIIs são investimentos de renda variável, ou seja, os ganhos com eles não são totalmente previsíveis. Podem ocorrer desvalorização dos papéis, ou até suspensão do pagamento de dividendos.

Assim, antes de investir nestas classes de aplicações, é recomendável estudar amplamente os ativos, ou buscar ajuda de um profissional.

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