Veja os principais custos de ter um pet e como se planejar financeiramente
Além de avaliar se há espaço na rotina e em casa para um animal de estimação, a viabilidade financeira dessa decisão não pode ser menosprezada
Por Victor Rabelo
O planejamento financeiro é uma etapa fundamental para quem pretende realizar sonhos de maneira sustentável, sem precisar ficar com a conta no vermelho. E, para se planejar, é importante que gastos que a princípio não parecem ser tão grandes, sejam considerados. Um exemplo de escolha que pode pesar no orçamento, mas que às vezes passa despercebido é a de ter um pet.
Além de avaliar se há espaço na rotina e em casa para um animal de estimação, a viabilidade financeira dessa decisão não pode ser menosprezada. “É importante entender que ele se torna parte da família, e isso inclui responsabilidades financeiras que vão muito além da compra ou adoção, ter um animal envolve custos fixos, variáveis e até imprevistos”, comenta Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em finanças comportamentais.
Embora a companhia de um pet traga inúmeros benefícios emocionais e sociais, os custos envolvidos exigem preparo e estabilidade. Sem esse planejamento, o bem-estar do animal e dos tutores podem ser comprometidos, tornando o sonho de ter um pet um desafio inesperado.
Platzlaff destaca que, além de ter condições de arcar com os custos mensais, é importante ter dinheiro guardado para eventualidades. “É fundamental pensar na reserva para emergências, assim como uma pessoa pode ficar doente ou precisar de um exame de última hora, um pet também pode gerar despesas inesperadas. Ter uma quantia separada para isso evita dívidas, descompasso financeiro e garante que o animal receba o cuidado necessário sem comprometer o orçamento da família”, completa.
Principais custos a serem observados antes de ter um pet
Custos iniciais
Adoção ou compra: pode variar de gratuito (adoção) até milhares de reais (raças específicas).
Castração: é recomendada para saúde da maioria dos animais de estimação.
Vacinas iniciais: V8/V10, antirrábica e contra giárdia são algumas das vacinas recomendadas para animais de estimação.
Microchip: opcional, mas útil caso os tutores tenham interesse em fazer plano de saúde.
Custos periódicos
Ração: varia conforme o porte e qualidade.
Petiscos e brinquedos: opcionais, mas é um gasto comum entre tutores de pets.
Produtos de higiene: xampu, escova, tapetes higiênicos, areia (para gatos).
Plano de saúde ou consultas veterinárias: mesmo se a opção for não ter plano de saúde, as consultas são praticamente inevitáveis.
Medicamentos preventivos: antipulgas e vermífugos.
Banho e tosa: pode variar a frequência e os preços dependem do porte e pelagem.
Custos ocasionais
Hospedagem ou pet sitter: pode ser útil, sobretudo durante viagens.
Emergências veterinárias: internações, cirurgias, exames podem custar caro aos tutores.
Acessórios: camas, coleiras, roupas, caixas de transporte etc.
Como se planejar financeiramente ter um pet
Para se planejar, o especialista indica que seja feita uma estimativa realista desses gastos mencionados. Depois, ele sugere que os tutores reservem um valor mensal em uma conta separada, em investimento de liquidez ou nas caixinhas que alguns bancos disponibilizam, simulando como se o pet já fizesse parte da rotina. “Se o orçamento apertar mesmo sem o animal, é sinal de que talvez seja melhor esperar mais um pouco ou ajustar outras despesas antes de tomar a decisão”, diz Patzlaff.
Para a criação de um reserva de emergência, ele destaca que “uma boa regra é separar o equivalente de 6 a 12 meses de gastos do animal” e que a preparação para os gastos ocasionais é o ponto mais importante desse planejamento.
“Os gastos iniciais são os menores dos problemas, esteja preparado para imprevistos e despesas por anos, não deixe de rever as prioridades financeiras. Se o orçamento estiver muito apertado, é melhor ajustar primeiro a base, quitar dívidas, estabilizar a renda e garantir uma reserva pessoal para depois assumir a nova despesa do pet com tranquilidade, até porque ele vai quebrar algo no seu novo lar. Ter pet é ter um filho e você vai querer o melhor para ele e isso inclui custos extras para um retorno de uma ótima companhia”, conclui.
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