Tipos de investimentos

Investimento nível Madonna: quanto tempo levaria para acumular R$ 300 milhões

Saiba em quanto tempo teria a quantia com o investimento inicial de R$ 60 milhões - valor do show - em diferentes ativos de renda fixa e variável

Na última semana, o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, afirmou que é “difícil encontrar investimento com esse nível de retorno”, ao falar do retorno que o show da cantora Madonna trouxe. Segundo o governo do Estado do Rio de Janeiro, o evento trouxe retorno financeiro de mais de R$ 300 milhões.

Para a realização do show, foram investidos em torno de R$ 60 milhões, por patrocinadores, governo estadual e municipal do Rio de Janeiro. Com isso, a “taxa de retorno” vista foi de 50 vezes.

Com isso, o Bora Investir entrou no clima e decidiu simular em quanto tempo o valor de R$ 60 milhões levaria para alcançar a marca de R$ 300 milhões, considerando investimentos mais comuns do que o show da rainha do pop. Confira a simulação feita por Marcos Milan, professor da FIA Business School, a pedido do Bora!

Fonte: Marcos Milan, professor da FIA Business School

Com o valor investido em renda fixa, o valor poderia levar desde 19 anos, no caso do Tesouro IPCA+, até 28 anos se aportado em Fundo DI. Já para ativos de renda variável, que podem apresentar retorno maior, mas sem garantia disso, os R$ 60 milhões virariam R$ 300 milhões de 7 a 11 anos, como nas simulações dos ETFs atrelados ao Ibovespa (BOVA11) e ao S&P 500 (IVVB11).

Rentabilidades confiáveis e verdadeiras

Segundo Raony Rossetti, especialista em renda variável e sócio fundador da Melver, uma rentabilidade segura e conservadora geralmente acompanha a taxa da Selic, que atualmente está em 10,50%.

Já Milan ressalta que quando se fala em investimentos, é importante buscar por uma boa rentabilidade, mas antes de se tomar uma decisão baseada em histórico de um fundo ou ativo, é essencial entender os fundamentos desse ativo e os riscos envolvidos.

“Infelizmente muitas pessoas acabam se encantando com promessas de investimento e acabam caindo em apostas, acabam caindo em fraudes. Então, a palavra confiável precisa estar atrelada a investimentos feitos por meio de instituições sérias, como corretoras, ou por meio de assessores de investimento vinculados a corretoras sérias”, completa Rossetti.

O professor da FIA Business School aponta que falar em investimentos confiáveis nos leva a duas características: 

1) Ter bons fundamentos, como no caso dos ativos de renda variável ou um gestor com estratégia alinhada às suas necessidades, no caso dos fundos de investimento e;

2) Em caso de investimentos financeiros, que sejam acessíveis por meio de instituições que estejam abaixo da hierarquia do Banco Central e da CVM. Se for diferente disso, a possibilidade de golpe é grande.

Quando desconfiar do investimento

Milan ainda diz que há alguns macetes ajudam na hora de identificar investimentos que não são confiáveis. São exemplos: garantia de rentabilidade acima do mercado, necessidade de transferir o dinheiro para uma conta de terceiros, normalmente pessoa física, etc. 

“Pode-se dizer que aqui vale aquele ditado popular: Quando a esmola é demais, o santo desconfia”, afirma ele.

O especialista em renda variável destaca que o investidor tem que prestar mais atenção em quem está oferecendo aquela ‘oportunidade de investimento’. “Dessa forma os investidores vão acabar se esquivando de pirâmides, de fraudes, de golpes, dentre outras estruturas fraudulentas assim”.

Onde investir grandes quantias de dinheiro

De acordo com Milan, para se investir grandes quantias, o segredo para uma noite de sono tranquila é a diversificação. “Existem alguns pré-requisitos que todos os investidores deveriam cumprir antes de alocar seu dinheiro, que é a elaboração da sua estratégia de investimentos”.

Essa estratégia de investimento é um documento elaborado em conjunto com um Consultor CVM ou Planejador Financeiro com o objetivo de definir a melhor mescla de classes de ativos, de acordo com as necessidades e anseios do investidor. 

“Com esse documento em mãos, a alocação em si passa a ser um pequeno (mas muito importante) detalhe no processo”, aponta o professor.

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