Quanto rendem R$ 20 mil no Tesouro Direto, CDB e poupança com a nova Selic
Mudanças na taxa básica de juros brasileira influenciam diretamente o rendimento de ativos de renda fixa, como os do Tesouro Direto
Na última quarta-feira, 31 de janeiro, o Copom decidiu baixar a Selic a 11,25%. A taxa básica de juros brasileira tem efeito direto nos ativos de renda fixa. Assim, todas mudanças no juro alteram os rendimentos de títulos como os do Tesouro Direto, CDB, poupança e mais.
Para exemplificar, o Bora Investir simulou quanto renderiam R$ 20 mil investidos em títulos de renda fixa. Foi utilizado o próprio simulador do TD, com período até 01 de março de 2026. Confira!
Quanto renderiam R$ 20 mil em renda fixa, segundo o simulador do Tesouro Direto
Título | Aporte | Retorno em março de 2026 | Rendimento |
Tesouro Selic 2026 | R$ 20.000,00 | R$ 23.116,95 | R$ 3.116,95 |
LCI/LCA | R$ 20.000,00 | R$ 22.739,60 | R$ 2.739,60 |
Fundo DI | R$ 20.000,00 | R$ 22.643,87 | R$ 2.643,87 |
CDB | R$ 20.000,00 | R$ 22.598,14 | R$ 2.598,14 |
Poupança | R$ 20.000,00 | R$ 22.572,58 | R$ 2.572,58 |
De acordo com o simulador, o título do Tesouro Selic 2026 renderia R$ 3.116,95 ao investidor. Já as letras financeiras, LCI e LCA, teriam rendimento de R$ 2.739,60.
Um pouco abaixo vem o investimento em Fundo DI, que renderia R$ 2.643,87 e o CDB, com retorno de R$ 2.598,14. Por fim, quem colocasse os R$ 20 mil na poupança teria R$ 2.572,58 de lucro.
Impacto da queda da Selic na renda fixa
Para a chefe de Economia da Rico, Rachel de Sá, a renda fixa segue atrativa, principalmente porque os juros devem continuar em patamares altos, acima dos níveis de inflação no curto prazo, “o que garante retornos elevados para investimentos de prazos mais curtos (até três anos) e reserva de emergência”.
Ela também afirma que, diante de um cenário em que a inflação segue como um risco no longo prazo, títulos de renda fixa atrelados a índices de preço, como os IPCA+, do Tesouro Direto, seguem uma excelente proteção para os investimentos, sobretudo os de vencimentos mais longos, acima de 2030.
Já Vinicius Romano, especialista em Renda Fixa da Suno Research, afirma que apesar do ciclo de queda, o patamar atual da taxa Selic ainda proporciona uma boa relação risco x retorno para os títulos pós-fixados, já que praticamente não sofrem com a marcação a mercado e são positivamente impactados pelo alto nível da taxa básica de juros.
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