O dia no mercado: índice de preços dos EUA reflete nas Bolsas
A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos causou um impacto quase imediato no mercado, que passou a ver o risco de uma ação ainda mais agressiva do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) na reunião deste mês. A expectativa é que a taxa permaneça estável em 13,75% neste mês, já que investidores deixaram de manter suas fichas em possíveis cortes da Selic em 2023.
Esse cenário penaliza as bolsas de Nova York, que impactam também o índice Ibovespa no Brasil e as bolsas europeias. O petróleo também cai, assim como as ações das petroleiras. O dólar sobe mais de 1% ante o real.
A curva de juro a termo indicava Selic em 11,54% no fim de 2023, de 11,19% ontem, com menor precificação de cortes em todas as reuniões do ano que vem a partir de março. Para 2022, a precificação estimada por analistas é de Selic em 13,94%, de 13,90%.
Para setembro, a curva apontava há pouco 64% de chance de manutenção da taxa básica de juro (de 68% ontem) e 36% para uma dose de 25 pontos-base (de 32% ontem).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou há pouco que o CPI mostrou “progressos” no combate à inflação, mas reconheceu que ainda “há trabalho a ser feito”. O presidente americano acrescentou que o governo precisará de mais “tempo e determinação” para conter a alta inflacionária.
Abertura: Às 11h15, o Ibovespa caía 0,91%, aos 112.379 pontos. O Dow Jones caía 2,21%, o S&P500 perdia 253% e o Nasdaq afundava 3,20%. Em Londres, a Bolsa perdia 0,86%. O dólar à vista subia 1,19%, a R$ 5,1580. O DI para janeiro de 2024, o mais negociado, subia a 13,10%, de 12,99% no ajuste de ontem.
Fechamento: Dólar à vista fecha a R$ 5,1875, em alta de 1,77%