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As ações que mais remuneram acionistas com Juros sobre Capital Próprio

O setor bancário figura no topo do ranking com sete papéis, seguido pelo setor de energia elétrica, siderurgia e água e saneamento. Saiba mais!

O setor de bancos lidera a lista das 20 ações que melhor remuneram os acionistas com Juros sobre Capital Próprio (JCP) entre as carteiras do Ibovespa, IDIV, Small Caps e IBRX100. É o que aponta um levantamento realizado pela plataforma Trademap.

O setor bancário figura na lista com sete papéis, seguido pelo setor de energia elétrica, com quatro, e siderurgia e água e saneamento, com dois ativos cada. Outros cinco setores possuem uma ação cada na lista.

Foram considerados os dividend yields nos últimos três anos, até 24 de julho de cada ano, e calculada a mediana para compor o ranking. Somente ações que pagaram JCPs nos três períodos analisados fazem parte da amostra.

As três ações com melhor desempenho na remuneração de acionistas com JCPs são do setor de bancos: Banrisul (BRSR3) lidera com uma mediana de 8,65% de dividend yield, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) com 8,01%, e o banco ABC (ABCB4) ocupa a terceira posição com 7,81%.

Dentre as 20 maiores distribuidoras, dez apresentam um dividend yield superior a 5%.

O que são os Juros sobre Capital Próprio?

Os Juros sobre Capital Próprio são uma forma de remuneração dos acionistas que as empresas podem utilizar para recompensar os investidores pelo capital investido.

Muito semelhantes aos dividendos, a diferença é que, enquanto a distribuição de dividendos é obrigatória, a dos JCPs não é. Contudo, as empresas costumam optar pela distribuição de JCPs porque eles funcionam como uma despesa, diz Henrique Castro, professor da Escola de Economia da FGV.

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“Dessa forma, as empresas conseguem abater o valor distribuído do seu lucro tributável. Em outras palavras, elas irão pagar menos IR sobre o lucro. Por isso, para elas, é bom fazer o máximo possível de distribuição como JCPs”.

A Lei das SAs prevê regras sobre como as empresas podem fazer a distribuição de JCPs, complementa o professor. “Existem alguns tetos para que as companhias não sejam tentadas a distribuir tudo como JCPs e nada como dividendos. Mas muitas conseguem distribuir uma grande parcela de JCPs”.

Ao receber os JCPs, o acionista deve pagar 15% de Imposto de Renda sobre o valor, diferentemente dos dividendos, que são isentos aos acionistas e tributados para a empresa.

Futuro ameaçado

É provável que, no futuro, os dividendos no Brasil sejam tributados. Se isso acontecer, não haverá diferença entre JCPs e dividendos, aponta Castro, da FGV. “Nesse cenário, é possível que os JCPs sejam extintos.

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Não existem países, dentre os mais importantes, que paguem algo parecido com os JCPs, aponta o especialista, assim como é comum que os dividendos sejam tributados. “No passado a Bélgica teve algo parecido com os JCPs, mas deixou de ter. É uma jabuticaba brasileira mesmo”.

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