Saiba como comprar ações com o Bora Investir em 6 passos
Confira o passo a passo a seguir e tire suas dúvidas sobre como operar no mercado financeiro
Você já entendeu seu perfil de investidor, estudou o que é uma ação, sabe como elas nascem nos IPOs e já aprendeu como funciona a bolsa de valores. Agora decidiu se tornar acionista de uma empresa de capital aberto. Mas bateu uma dúvida: como faço, na prática, para comprar e vender ações?
O guia abaixo foi feito para ajudar quem está entrando no mundo de investimentos e ainda não está familiarizado com os processos e as ferramentas de operação da bolsa de valores. A boa notícia é que, graças à tecnologia, investir nunca foi tão fácil.
1 – Abra sua conta em uma corretora de confiança
A corretora é a instituição financeira que faz o intermédio das negociações de renda variável. Além de oferecer orientação de investimentos e publicar relatórios informativos aos clientes, também disponibiliza um sistema que permite a negociação online, o Home Broker – como você verá no próximo tópico.
Na hora de escolher uma corretora, é importante checar se ela tem registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e se informar sobre a taxa de corretagem, isto é, o valor que a empresa cobra de seus clientes nas operações.
Com a conta aberta e o investidor cadastrado, deve-se realizar uma transferência (DOC ou TED) para a corretora, para que ela possa comprar ou vender os ativos conforme a indicação do cliente.
2 – Entenda como o Home Broker funciona
É uma plataforma digital em que o investidor vende e compra as ações desejadas. Ele pode ser personalizado – ter uma aparência e ferramentas próprias da corretora que o disponibiliza – ou seguir um padrão. A B3 tem um curso de orientação desse tipo de Home Broker.
3 – Programe as ordens conforme seu plano de investimento
No Home Broker, tudo funciona por meio das ordens. Acontece da seguinte maneira: o investidor cadastra uma ordem de compra ou venda. Vamos supor que ele deseje comprar. Para isso, irá acessar o segmento do Home Broker que corresponde a essa ordem e preencher os seguintes dados: papel, quantidade e preço.
Papel corresponde ao código da empresa que o investidor pretende comprar as ações (ticker formado por quatro letras e um número), quantidade é o número de ações que o investidor deseja obter e o preço pode ser o que a ação está valendo no momento da ordem ou um valor que o investidor deseja oferecer.
Se o preço de uma ação é R$ 12, mas o investidor deseja pagar R$ 10, por exemplo, então ele realiza a ordem no valor desejado. A ordem fica marcada como “em aberto” e só será concluída se, ao longo do pregão, o preço de venda baixar para R$ 10 e atingir o objetivo do investidor. Se isso não acontecer, a compra não é realizada. Para venda de ações, o processo acontece da mesma maneira.
Importante lembrar que as ordens podem ser agendadas – para o dia ou a semana seguinte, por exemplo, conforme a estratégia e os planos do investidor – e canceladas a qualquer momento. Para cada ordem executada no Home Broker, o sistema pede uma assinatura digital, uma senha que garante a segurança das operações.
4 – Acompanho o Book de Ofertas diariamente
É outra ferramenta digital para negociar ações que pode estar atrelada ao Home Broker. O principal objetivo do book de ofertas é mostrar as intenções de investidores, por meio da divulgação dos seguintes dados: preço das ofertas de venda e compra, quantidade que está sendo oferecida para venda e compra e empresas que fazem as ofertas.
Quando os dados são organizados por faixas de preço, a ferramenta se chama Book de Preços. Ela mostra o número de ofertas para cada faixa de preço, sem indicar qual corretor oferece as ações.
Os Books de Oferta e Preços são ferramentas muito importantes para quem faz o chamado Day Trade, comprando e vendendo as mesmas ações em um único dia. Para saber mais, a B3 tem um vídeo didático sobre o assunto.
5 – Sempre analise sua Nota de corretagem
Feitas as operações de compra e venda na bolsa de valores, o investidor tem acesso à sua nota de corretagem, um extrato diário de sua movimentação financeira no mercado de ações. No documento fica registrado o valor de cada operação, as taxas de corretagens e os emolumentos, isto é, as taxas cobradas pela B3.
A Nota de Corretagem é importante não apenas para ter o controle das transações financeiras, mas porque nela ficam registrados os dados que ajudam o investidor a calcular o recolhimento do Imposto de Renda. Também fica registrado o preço das aquisições de ações, importante para que o lucro de determinado período seja visualizado.
6 – Desenvolva a estratégia pensando no seu perfil de investidor
A estratégia do investidor aparece em último lugar nessa lista não por ser o tópico menos importante. Pelo contrário: é ela que deve guiar o investidor antes de dar os passos acima.
O primeiro passo é estruturar o orçamento para conseguir formar uma reserva. Depois é hora de decidir o que fazer com o dinheiro e isso vai depender não só de quanto você tem, mas também do seu perfil de investidor.
Ele pode ser conservador, moderado ou arrojado, conforme a tolerância ao risco – lembrando que, no mundo financeiro, risco é sempre sinônimo de incerteza.
Se o perfil é moderado ou arrojado, pode ser interessante incluir ativos de renda variável, como é o caso das ações. Ter recursos e tempo para estudar sobre as empresas e as tendências da economia são questões que devem ser consideradas por qualquer um que pretenda entrar na bolsa de valores.
Outra questão estratégica diz respeito ao tempo que o investidor planeja passar comprando e vendendo ações. Como já mencionado no tópico sobre Book de Ofertas, o Day Trade é uma estratégia em que as negociações – no caso, compra e venda de uma mesma ação – acontecem no mesmo dia.
Mas há também negociações de curto prazo – são considerados desse tipo os investimentos realizados no prazo de dias, meses ou até de um ano. Uma técnica bem conhecida é o swing trade, que tem negociações que não são concluídas em um mesmo dia, mas que requerem acompanhamento constante do mercado, já que o objetivo é obter lucro em pouco tempo.
Também existem as negociações de longo prazo, que podem levar anos e geralmente são baseadas em ações ordinárias (ON), aquelas que dão ao acionista o direito ao voto e participação em decisões da companhia.
Uma técnica comum de longo prazo é o position trade, em que ações são mantidas por mais tempo pelo investidor. Ele é baseado no princípio de que, mesmo se o preço de uma ação adquirida pelo investidor sofrer uma baixa no curto prazo, ele deve mantê-la em sua carteira e esperar até que o preço se recupere e haja lucro.
As estratégias não se limitam a essas, mas é normal que o investidor vá descobrindo quais se adéquam melhor ao seu perfil. Quer saber mais? A B3 tem uma série de conteúdos – entre artigos, cursos e vídeos – sobre os diferentes tipos de estratégia de operação na bolsa.
Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.