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Dia Internacional do Café: veja 5 curiosidades sobre a bebida favorita dos brasileiros no mercado financeiro

O café desempenhou papel central na história econômica e social do Brasil

Hoje é celebrado o Dia Internacional do Café, a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros. O que muitos não imaginam é que, por trás de cada xícara, existe uma complexa cadeia econômica que passa, inclusive, pelo coração do mercado financeiro do país. Você sabia que o café faz parte da história e do dia a dia da B3, a bolsa do Brasil?

“O café está no DNA do mercado de capitais brasileiro e, consequentemente, da B3. Hoje, somos a infraestrutura que permite a estabilidade financeira e o planejamento de longo prazo para o agronegócio, um dos principais pilares da economia brasileira, por meio de instrumentos que dão acesso a financiamento e proteção de preços. É um orgulho para a B3 ser uma ponte que ajuda a conectar toda a cadeia produtiva, do produtor no campo à xícara do consumidor, garantindo que o café do Brasil continue sendo uma potência global”, afirma Marielle Brugnari, head de Produtos Commodities da B3.

Então faça uma pausa, pegue um cafezinho e confira cinco curiosidades que mostram como essa paixão nacional é parte importante da história e do dia a dia do mercado financeiro.

1 – Você pode investir em café sem precisar ter um cafezal

Na B3, qualquer pessoa pode investir em café, por meio de instrumentos financeiros conhecidos como contratos futuros. Em vez de comprar sacas de café e ter que esperar o preço subir para vender e lucrar, o investidor negocia esses contratos por meio da B3, que oferece instrumentos para os dois principais tipos de grãos produzidos no país: o Arábica, nosso astro da exportação; e o Conilon, que abastece o mercado nacional, isto é, o café que a maioria de nós bebe em casa.

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2 – O cafeicultor usa a bolsa como um ‘seguro de preço’ para a safra

O agronegócio é uma atividade cheia de imprevistos. Uma geada inesperada ou uma seca prolongada podem comprometer toda a produção e afetar os preços do café. Para proteger o preço, o produtor rural pode utilizar os contratos futuros negociados na B3 como uma ferramenta de proteção. Meses antes da colheita, ele pode “travar” o preço de venda de sua safra por meio desses instrumentos financeiros.

Assim, se o preço do café cair no mercado, ele não perde dinheiro, pois já garantiu um valor que cobre seus custos e assegura seu lucro. Essa operação, chamada no jargão do mercado financeiro de hedge, traz estabilidade e previsibilidade para o campo.

3 – A B3 tem um laboratório que classifica e até prova o café

Para que o café seja negociado na bolsa, ele precisa ter um padrão de qualidade indiscutível. E quem garante isso é a própria B3! A bolsa possui uma área técnica que funciona como um verdadeiro laboratório, onde amostras do café destinado à entrega física são rigorosamente avaliadas.

Seguindo a Classificação Oficial Brasileira (COB), do Ministério da Agricultura, os especialistas analisam tudo: o tipo do grão, a contagem de defeitos, o tamanho, a cor, a umidade e, claro, o sabor, na famosa “prova de xícara”. Essa padronização é fundamental para dar segurança e confiança a todos que negociam o produto.

4 – É possível entregar e receber sacas de café de verdade pela B3

Os contratos de café na B3 permitem a entrega ou recebimento físicos da mercadoria. Isso significa que um produtor pode, de fato, usar a estrutura da bolsa para vender suas sacas de café, que serão entregues em armazéns credenciados e de alta segurança. Da mesma forma, uma indústria de torrefação pode comprar os contratos para receber o café físico. É a conexão direta entre o campo, a indústria e o mercado financeiro.

5 – A história do café na bolsa de valores tem mais de 100 anos

A relação do café com o mercado de capitais de São Paulo é histórica. As negociações da commodity são realizadas desde 1917, na antiga Bolsa de Mercadorias de São Paulo. O contrato futuro de café arábica, como conhecemos hoje, foi um dos pioneiros na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros, hoje parte da B3), lançado em 1978. Essa longa trajetória mostra a importância do grão não apenas para a economia, mas para o desenvolvimento do próprio mercado financeiro brasileiro.

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