Principal desafio para o day trade é a educação, diz diretor da B3

Investir em um mercado regulado é fundamental para garantir a segurança e a transparência das transações financeiras. Por isso, a B3 e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm alertado investidores sobre os riscos de negociar em mercados não regulados e como, muitas vezes, essas plataformas são utilizadas para atrair pessoas para fraudes.

No ano passado, a CVM lançou uma cartilha sobre CFD e Forex, que faz parte da Série Alertas da CVM. Neste contexto, Marcos Skistymas, diretor de produtos listados da B3, elencou quais são os principais desafios para essa conscientização em painel sobre mercado futuro na Expert XP 2025.

“O maior desafio para o mercado de trading é, primeiro, a educação e depois falta de informação. A gente vê muito mercado não regulado machucando os investidores. Nesses ambientes, tem muita fraude. Falar que vai ganhar dinheiro é fácil, mas qual é o risco que o investidor está assumindo? Na B3, não é um mercado de faroeste, existe um regulador, falamos o que deve ser falado, dos riscos, da importância das estratégias de proteção”, comentou Skistymas.

O que são CFDs e Forex?

Os Contratos por Diferença, conhecidos como CFDs (Contract for Difference), são instrumentos financeiros derivados que possibilitam a especulação sobre as flutuações de preço de diversos ativos, incluindo índices, ações, moedas, ETFs, commodities e criptomoedas. Nesse tipo de negociação, um investidor pessoa física entra em um acordo com uma entidade, frequentemente uma corretora estrangeira, para lucrar com as diferenças de preço entre a abertura e o fechamento de uma posição em um ativo específico.

Para as moedas estrangeiras, o mercado de CFDs é frequentemente referido como Forex. Este derivativo simula a compra de uma moeda ao mesmo tempo em que realiza a venda de outra, estabelecendo negociações em pares, como no caso do dólar em relação ao iene. Assim, o investidor participa da dinâmica de troca entre essas divisas, sendo compensado de acordo com a variação nas taxas de câmbio entre as duas moedas envolvidas na transação.

Horário estendido e novo contrato futuro

Além de ressaltar o papel do mercado regulado, o diretor da B3 contou que a companhia estuda ampliar o horário de negociação para quem investe em contratos futuros de cripto. Para Skistymas, esse é um primeiro passo que os investidores possam operar “24/7” no futuro.

Segundo ele, a ideia é que o horário passe para 8h às 20h. “Vamos estender o horário de negociação para que seja das 8h às 20h. Nosso objetivo é chegar no 24/7, mas a partir de outubro vamos dar esse primeiro passo. Queremos um pregão mais estendido para que cada um possa aproveitar as oportunidades no horário que quiser”, disse o executivo.  Hoje, os futuros de cripto são negociados das 9h às 18h30.

Além disso, Skistymas afirmou que o próximo contrato futuro que a B3 lançará será o Futuro de Petróleo, com a previsão para o próximo ano. “Lançamos recentemente os futuros de Ethereum e Solana, nessa semana lançamos o Futuro de Ouro e nosso próximo objetivo é lançar o Futuro de Petróleo”.

Marcos Skistymas explicou ainda que o objetivo é aumentar a oferta de produtos para os day traders, para que eles possam diversificar suas carteiras e ter novas estratégias dentro do mercado regulado. “Queremos expandir a prateleira de produtos para o trader, que está sempre atrás de oportunidades, com mini-índice, mini-dólar, com as criptos, e agora com o Futuro de Ouro. Sempre focando na segurança do mercado regulado, monitorado, com formadores de mercado e transparência”, disse.

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