Day Trade

Day trade com mini-índice e minidólar: entenda os minicontratos

Operações de contratos futuros utilizam derivativos de commodities, índices, moedas e taxas de juros

Os minicontratos são versões reduzidas de um contrato que é negociado no mercado futuro. Por sua vez, mercado futuro permite que os investidores negociem na bolsa de valores contratos atrelados à variação do preço de um ativo ao longo do tempo.

As operações de contratos futuros utilizam derivativos de commodities, índices, moedas e taxas de juros. Por serem ativos de alta liquidez, que possibilitam ao investidor entrar e sair das operações facilmente, esses contratos, cheios ou minis, costumam ser atrativos para quem opera day trade ou swing trade.

Mini-índice e minidólar

Entre os minicontratos mais populares estão o mini-índice, que é atrelado ao Ibovespa B3, e o minidólar, que acompanha a variação da taxa de câmbio entre o real e o dólar americano.

O mini-índice é negociado com o código WIN e o tamanho do contrato representa 20% do contrato cheio. Em resumo, para calcular o tamanho do contrato do mini-índice, o investidor deve multiplicar a quantidade de pontos do Ibovespa B3 por R$ 0,20.

Já o minidólar é negociado com o código WDO e cada ponto representa R$ 10,00 na variação do preço do dólar em relação ao real, resultando em ganhos ou perdas significativas conforme a posição do investidor.

Para Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, as principais diferenças entre os produtos são preço e liquidez. “O mini-índice tem um custo menor em taxa de registro e emolumentos (Taxa cobrada para a realização dos serviços de bolsa de valores) e, em termos de valor de contrato, o minidólar é muito mais caro e exige uma margem maior para você poder participar das operações. Além disso, o mini-índice tem a vantagem da liquidez. É um dos ativos mais negociados do mundo e existe uma quantidade de algoritmo muito grande”, diz.

Vantagens e cuidados ao operar day trade com minicontratos

Como em qualquer operação de day trade, existem oportunidades e riscos que devem ser calculados. “Entre os benefícios estão a alta liquidez e a possibilidade de operar alavancado, movimentando valores maiores que o capital disponível. Para profissionais bem preparados, essa dinâmica pode gerar ganhos em cenários de alta ou baixa”, comenta Marcos Milan, professor da FIA Business School, que ressalta também os riscos dessas operações.

“O que muitos esquecem é que essa alavancagem também potencializa as perdas, que podem rapidamente sair do controle se não houver uma estratégia sólida”, completa.

No mesmo sentido, Martins reforça a importância conseguir equilibrar os anseios por ganhos no curto prazo com a necessidade de se prevenir contra perdas significativas. “Os benefícios estão ligados à facilidade de poder especular no mercado a um custo menor. Os riscos são altos como em qualquer instrumento derivativo. Existe risco por conta da alavancagem. A probabilidade é a mesma de se ter ganhos rápidos e altos ou perdas altas e rápidas”, afirma.

Para quem não tem experiência no day trade, é importante, antes de operar, buscar conhecimento sobre as características do produto e dos mecanismos que envolvem o investimento. “O ideal é iniciar com muito estudo, utilizar simuladores para entender o comportamento dos contratos e, se for o caso de operar com dinheiro real, começar com uma quantia que não comprometa o orçamento pessoal. Também é essencial contar com ferramentas de controle de risco, como ordens de stop loss, e evitar a tentação de operar ‘no feeling’”, conclui Milan.

Para conhecer mais sobre day trade e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor. Caso queira fazer simulações de day trade, baixe o app Hub3.