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ETFs: tudo o que você precisa saber antes de investir

Entenda por que os fundos de índice são uma opção prática para diversificar sua carteira

Em um cenário repleto de turbulências, em que diversos fatores – internos ou externos – influenciam o desempenho dos investimentos, é comum que o investidor busque alternativas que permitam diversificação do portfólio e facilidade de investir. Neste contexto, uma opção que vem ganhando cada vez mais espaço entre os investidores pessoa física são os ETFs, sigla em inglês para fundos de investimentos negociados em bolsa de valores. Já são mais de 100 ETFs de renda variável listados na B3, 20 de renda fixa, além de mais de 250 ETFs globais listados na bolsa do Brasil.

Veja o comparador de ETFs da B3

Os ETFs têm duas características que os diferem dos fundos abertos, também conhecidos como fundos mútuos. A primeira é que suas cotas são negociadas em bolsas de valores, da mesma forma como as ações. Além disso, são conhecidos também como fundos de índice – porque replicam a carteira de algum índice de referência. Ou seja, o gestor do fundo não vai escolher os ativos que compõem o fundo: só irá replicar as posições do índice que aquele ETF acompanha.

Ficou curioso e quer saber se esse ativo faz sentido para a sua estratégia de investimentos? Confira, nos seis pontos a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os ETFs.

1. Diversificação

Por serem fundos que replicam índices, os ETFs oferecem uma possibilidade expressiva de diversificação de portfólio para os investidores, em um único ativo. No Brasil, é possível escolher entre os ETFs de renda fixa, que replicam carteiras de títulos públicos, ou os ETFs de renda variável, que podem acompanhar índices locais ou internacionais e de diversos setores. Em 2025, esse mercado ganhou três novidades: os ETFs híbridos, que combinam tanto renda fixa quanto variável na carteira, ETFs de FIIs (Fundos Imobiliários) com distribuição de proventos e ETFs de debêntures com distribuição de proventos.

Só para dar alguns exemplos, vamos falar sobre dois índices locais e três internacionais que estão listados na B3:

  • BOVA11: um dos mais tradicionais do mercado brasileiro, este ETF replica a carteira teórica do Ibovespa B3, principal índice acionário do País;
  • DIVO11: busca replicar o Índice Dividendos B3 (IDIV), que reúne as principais empresas brasileiras pagadoras de dividendos;
  • HASH11: este é o primeiro ETF do País a ter um índice de referência composto por criptoativos, o Nasdaq Crypto Index;
  • XINA11: segue o índice MSCI China e é composto por cerca de 700 empresas chinesas de grande e médio porte, o equivalente a 85% do total de companhias com capital aberto no país asiático;
  • TECK11: tem como referência o índice NYSE FANG+, que conta com as 10 grandes empresas de tecnologia e consumo do mundo, como Netflix e Google.

Com ativos com propostas tão diferentes entre si na carteira, o investidor pode estar exposto a diferentes economias e variações cambiais.

2. Liquidez

Por ser um fundo negociado em bolsa, o investidor pode comprar ou vender cotas de ETFs a qualquer momento durante o pregão. No caso dos ETFs de renda variável, a liquidação da negociação é em D+2 – ou seja, você recebe o dinheiro da venda na sua conta dois dias após a venda na bolsa. Para os ETFs de renda fixa, esse prazo é D+1.

Além disso, os ETFs no Brasil contam com formadores de mercado, instituições que se comprometem a manter ofertas de compra e venda de forma regular e contínua durante a sessão de negociação, promovendo a liquidez das cotas.

3. Rentabilidade

A rentabilidade de um ETF tende a acompanhar o índice de referência a que o fundo está atrelado. No caso de ETFs ligados a índices em moedas estrangeiras, o preço da cota do fundo também pode refletir as movimentações no câmbio.

4. Custos do investimento

Por serem fundos de gestão passiva, as taxas de administração dos ETFs tendem a ser mais baixas do que as de fundos mútuos. Assim, são considerados um investimento de baixo custo. Além disso, é possível comprar apenas uma cota de um ETF, o que faz com que o preço mínimo para investir seja relativamente baixo.

Outros custos de negociação que os ETFs apresentam são os mesmos vistos na hora de investir em ações: corretagem e emolumentos.

5. Tributação

Para os ETFs de renda variável, a tributação ocorre de forma semelhante à de ações: na venda de cotas é cobrada uma taxa de 15% sobre o lucro líquido das operações normais e de 20% no caso de operações de day trade.

Já no caso dos ETFs de renda fixa, a tributação varia a depender do prazo médio dos títulos que compõem a carteira. Para carteiras que tenham um prazo médio de, no mínimo, dois anos, a alíquota é de 15%.

6. Como investir

Para investir em ETFs é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores de sua preferência. Com a conta aberta, basta acessar as plataformas de investimentos disponíveis e negociar as cotas na bolsa.

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