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ETFs de Tesouro Selic: entenda como funcionam e se vale a pena investir

Fundos listados na bolsa têm atraído investidores que buscam praticidade, rendimento próximo ao CDI, liquidez e acesso fácil à renda fixa

Os fundos listados em bolsa (ETFs) que investem em títulos do Tesouro Selic têm ganhado espaço no mercado brasileiro com uma proposta simples: permitir que o investidor acesse, de forma prática e diversificada, um portfólio de títulos públicos atrelados à taxa básica de juros.

Assim como outros fundos negociados em bolsa, esses ETFs replicam um índice de referência – nesse caso, formado majoritariamente por títulos Tesouro Selic, também conhecidos como LFTs. Isso faz com que o desempenho do fundo acompanhe de perto o CDI. Assim, esses ativos funcionam como uma opção para quem busca segurança, liquidez e baixo risco no curto prazo.

Como funcionam os ETFs que seguem o Tesouro Selic

A Letra Financeira do Tesouro (LFT) é um título público emitido pelo governo federal que acompanha a variação da Selic e é considerada uma das aplicações mais seguras do mercado.

“Os ETFs que têm exposição a esse tipo de ativo tendem a performar muito próximo do 100% do CDI”, explica o Professor Mira, educador financeiro e colunista do Bora Investir.

Esses fundos podem ter LFTs como principal ativo ou composição integral, dependendo do índice que seguem. Na prática, o investidor compra cotas do fundo na bolsa – como se comprasse uma ação – e passa a ter uma carteira automática de títulos públicos de renda fixa, com liquidez e diversificação imediata e sem vencimento.

Quando vale a pena investir em ETFs que seguem o Tesouro Selic

Segundo Mira, esse tipo de ETF pode fazer sentido para quem quer montar uma reserva de emergência, mas prefere não aplicar em CDBs com vencimento. Afinal, quando um título vence, há o pagamento de imposto de renda, além do trabalho de reinvestir o dinheiro.

“O ETF não tem vencimento. Então você deixa o dinheiro lá pelo tempo que quiser – décadas, se quiser. Para quem deseja ter esse tipo de exposição, esse ETF faz bastante sentido”, afirma o educador.

Outra utilidade, diz ele, é para quem faz ou quer fazer operações com derivativos. “Eu opero derivativos, como opções de ações, e esse tipo de ETF funciona como garantia para as operações. Nem todas as corretoras aceitam CDBs de liquidez diária como garantia, mas o ETF não tem esse problema”, explica.

Como funciona a tributação dos ETFs de renda fixa?

Apesar da simplicidade operacional, o investidor precisa ficar atento à tributação do Imposto de Renda. No caso de ETFs de renda fixa, a alíquota de imposto de renda depende do prazo da carteira do fundo, seguindo a tabela:

PRAZO DA ETF   ALÍQUOTA
Igual ou inferior a 180 dias25%
Entre 181 e 720 dias20%
Superior a 720 dias15%

Por que acompanhar a direção da Selic é essencial

Assim como outros ETFs, os que seguem o Tesouro Selic replicam um índice de referência e refletem o comportamento de uma variável macroeconômica – no caso, a taxa básica de juros.

“ETF é um instrumento que segue tendências, segue direções de mercado. Então é sempre importante ter uma visão de como está a macroeconomia para poder escolher o ETF”, explica Mira.

Confira os ETFs de Tesouro Selic disponíveis na B3

CódigoNomeClasse de ativoGestorÍndice de referência
GLFT11Galapagos Renda Fixa Pós FixadoRenda FixaGalapagos CapitalITBR Selic – Índice Teva Tesouro Selic Composto 30/70
LFTS11Investo Teva Tesouro Selic ETF – Fundo de Investimento de ÍndiceRenda FixaInvestoTeva Tesouro Selic
LLFT11BTG PACTUAL TEVA TESOURO SELIC FUNDO DE ÍNDICERenda FixaBTG ASSETITBR Selic Low Turnover
NCDI11Nu CDI Tesouro Selic B3Renda FixaNu AssetTesouro Selic B3

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