Nu Asset lança ETF atrelado ao novo índice da B3, o Índice Tesouro Selic

A B3 e a Nu Asset celebraram, nesta quinta-feira (16), o lançamento do Índice Tesouro Selic e de um fundo listado (ETF) atrelado a ele, o NCDI11. O índice foi desenvolvido para fornecer uma referência precisa e atualizada sobre o desempenho das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa Selic e emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), também conhecidos como Tesouro Selic.

Este é o primeiro indicador de títulos públicos criado pela B3, expandindo o portfólio de índices da bolsa, e destacando a importância crescente dos produtos de renda fixa para o mercado.

Os ETFs de renda fixa estão redesenhando a forma de investir?

Para a B3, o Índice Tesouro Selic complementa a prateleira de índices de renda fixa, que já conta com 11 indicadores. “Não dá para a gente ficar fora do universo de renda fixa, que é uma das principais alocações do brasileiro”, afirmou Hênio Scheidt, gerente de Produtos na B3.

Este é o primeiro índice da casa a ter como referência os títulos públicos, mas a oferta de indicadores desse tipo deve ser ampliada. “A gente já tinha lançado nossos índices de debêntures, agora estamos entrando na família de títulos públicos federais. LFT é o primeiro, mas a gente entende que vão vir outros ao longo do caminho. A gente tem um interesse em fazer toda a prateleira de índices de títulos públicos federais, sempre trazendo uma otimização dos índices, trazendo um nível de inteligência para que a gente consiga diferenciá-los do que existe no mercado”, complementou Scheidt.

Segundo Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset, a escolha pelo índice de Tesouro Selic foi baseada no comportamento dos investidores. Segundo ele, de todo o mercado de renda fixa no Brasil, as LFTs são um dos ativos mais representativos na alocação.

Do lado da Nu Asset, o NCDI11 também é um complemento ao portfólio de ETFs que já estão disponíveis. “A gente começou com ETFs de renda variável, fizemos ETF de cripto, ETFs de renda fixa corporativa global, mas faltava a maior classe de ativos por aqui, a renda fixa Brasil”, diz Kikuchi. “E na renda fixa Brasil, o ativo que tem a maior alocação dos investidores, sejam eles pessoas físicas ou institucionais, é a LFT”.

Este é o 9º ETF lançado pela Nu Asset, que já conta com R$ 6,4 bilhões sob gestão, e o 6º a ter como referência índices da B3. “Gostamos de construir o índice junto com a B3, é uma combinação da capacidade técnica que a B3 possui, com a nuance da visão de mercado, para que o índice tenha combinação sutil de informação e gestão. Isso se reflete em eficiência”, diz Kikuchi.

Como funciona o Índice Tesouro Selic B3

A metodologia do Índice Tesouro Selic B3 assegura que apenas os títulos mais líquidos e representativos façam parte do indicador. Além disso, a ponderação das LFTs na carteira do índice é determinada pelo valor de mercado e pelo volume médio diário de negociação, e o rebalanceamento dos índices acontece a cada três meses – o que facilita e reduz o custo da gestão, além de garantir a presença no índice dos títulos com menor spread (diferença entre os preços de compra e venda de um ativo) sobre o preço de negociação. 

As LFTs selecionadas para compor o Índice Tesouro Selic devem cumprir os seguintes quesitos, na data de rebalanceamento: 

• Ter sido emitidas há pelo menos dois meses; 
• Ter prazo de vencimento igual ou superior a doze meses; 
• Ter um volume de negociação diário no mercado secundário que esteja entre os 75% mais representativos dos últimos 3 meses. 

As LFTs são ponderadas de forma mista: 50% com base no valor de mercado e 50% com base na liquidez do ativo. O rebalanceamento ocorre trimestralmente, no quinto dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro. 

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