ETFs

“O Pix foi uma revolução para pagamentos. Os ETFs terão efeito similar para investimentos”, diz Andrés Kikuchi

Diretor executivo da Nu Asset antecipou que a gestora deve lançar novos fundos listados nas próximas semanas

Em cinco anos desde seu lançamento, o Pix representa quase metade das transações de pagamento no Brasil. “O Pix foi uma revolução gigantesca para o mercado de pagamentos. Mudou a estrutura e trouxe novos players, deu acesso e teve uma adesão muito relevante”, afirmou Andrés Kikuchi, CIO Nu Asset. “Dessa mesma forma, e com três letras também, a gente entende que os ETFs terão um efeito muito similar aqui no Brasil, para os investimentos”.

Os ETFs, ou fundos listados em bolsa, têm crescido no Brasil. Sua participação na comparação com o total da indústria de fundos, no entanto, ainda não passa de 1%. Para muitos gestores, isso representa uma enorme oportunidade de crescimento. “O ETF é revolucionário e isso acontece no mundo inteiro, nos EUA é o principal meio de investimento de grande parte da população”, diz Kikuchi. “Essa inovação global que acontece nos últimos 20 anos tem sido traduzida em soluções para investidor brasileiro”, disse.

Durante evento realizado nesta quinta-feira (04) pela Nu Asset e Invest News, Kikuchi detalhou os diferentes ETFs lançados até agora pela gestora: cinco fundos focados em renda variável e um de criptoativos. A expectativa para as próximas semanas é lançar mais dois ETFs, dessa vez, focados em renda fixa global, mas com hedge cambial. Ou seja, os investidores terão acesso ao mercado de crédito internacional, mas sem o efeito da variação cambial.

Não é só a Nu Asset que tem lançado produtos. Pedro Mota, Portfolio Manager da gestora, destacou que 2025 caminha para ser o ano com maior lançamento de novos ETFs no Brasil. “É um processo de aumento de grade, novos players e opções para investidores”, disse.

Segundo ele, o avanço da regulação, com a as resoluções da CVM que introduzem regras que aumentam a transparência na cobrança de taxas pelos fundos de investimentos, e o avanço do modelo de consultoria de investimentos no Brasil podem estimular a adoção de ETFs no Brasil, seguindo exemplos como o dos Estados Unidos.

“O mercado americano de ETFs teve um crescimento exponencial, saiu de um volume de US$ 1,9 trilhão em 2014 para US$ 12 trilhões em 2024, uma taxa muito grande de crescimento”, disse. “Mas, quando você olha para outras geografias, essa transformação já começa a acontecer, no mercado canadense, no mercado europeu, japonês, asiático, em Israel, Oriente Médio”.

Mota destacou ainda que os ETFs vêm se diversificando e sofisticando “Os ETFs começaram como uma ótima solução para índices passivos. Mas hoje, o ETF já é visto como uma solução de infraestrutura de investimento para poder oferecer qualquer tipo de estratégia”, completou.

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