15 FIIs que pagaram dividendos acima da Selic no último ano

Não são apenas ações que pagam dividendos aos investidores, quem investe em FIIs também recebe proventos. Essa inclusive é uma das características que atrai cada vez mais pessoas aos fundos imobiliários.

No último ano, mais de 65% dos FIIs que compõem o índice IFIX tiveram dividend yield (DY) acima da Taxa Selic atual, de 10,75%. Entre os destaques há fundos de tijolo, papel e híbridos.

O levantamento, feito por Einar Rivero, consultor financeiro da Elos Ayta Consultoria, mostrou os FIIs que tiveram maiores DY no último ano. Confira os 15 primeiros!

Os 15 FIIs com maiores DY nos últimos 12 meses 

Segundo Carol Borges, analista de FIIs da EQI Research, cerca de 40% do IFIX é composto por FIIs de papel, que possuem uma dinâmica de pagamentos que, geralmente, acompanha o CDI ou IPCA, acrescido de um prêmio. Por isso, espera-se que essa parcela do IFIX apresente rendimentos superiores à Selic.

“Por outro lado, também temos os shoppings e galpões logísticos, que somam mais 30% do IFIX, em excelente momento em relação ao ciclo operacional. O nível de vendas está elevado, a ocupação dos galpões segue em patamar elevado, os reajustes de aluguéis têm sido benéficos ao proprietário e, nos FIIs que estão captando, as aquisições também têm sido realizadas, na média, a bons valores”, destaca.

Ela também reforça que qualquer investimento que assuma mais risco deveria, idealmente, remunerar acima da Selic. “Ao investir em FIIs, os investidores estão buscando justamente esse potencial ganho adicional”.

FIIs em destaque

Dentre os FIIs que se destacaram, HTMX11, CACR11, RZAK11 foram os que tiveram maiores DY, com 26,29%, 16,50% e 16,08%, respectivamente.

De acordo com Borges, o HTMX é um FII do segmento hoteleiro, que tem feito alienações das unidades com expressivo ganho de capital. É este ganho que tem contribuído para boa parte da remuneração do Fundo. 

“É importante lembrar que esse não é um ganho recorrente, mas oriundo de operações de vendas de unidades hoteleiras com lucro”, ressalta.

Já o CACR11 e o RZAK11 são fundos de papel classificados como de alto risco (high yield). Esses fundos possuem remuneração mais elevada para compensar o risco que assumem. 

“Ambos estão com suas operações em dia. No entanto, o investidor deve ter consciência do risco que está assumindo e analisar se é para o seu perfil de investimento antes de tomar uma decisão baseando-se exclusivamente nos altos dividendos que foram pagos”, reforça.

Qual é a perspectiva para o setor em 2024?

Para a analista, o mês de abril tem sido marcado pela elevação dos juros longos, o que interfere na precificação dos FIIs. Porém, ela vê oportunidades para o decorrer do ano.

“Entendemos que o ano tem potencial para ser bom para os FIIs de tijolo, que estão apresentando desempenho operacional crescente. Inclusive, o IFIX tem sido bastante resiliente a este movimento de juros”, afirma. 

Por outro lado, ela aponta que caso tenhamos uma desaceleração nas perspectivas de cortes na Selic e elevação dos juros longos, será possível ver um impacto negativo na precificação no curto prazo. 

“Por isso, é recomendado que os investidores tenham uma carteira diversificada, com uma parcela defensiva em bons FIIs de papel, e alocações em bons FIIs de tijolo dos principais segmentos da economia”, completa.

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