Índices

B3 lança dois novos índices: conheça o Ibovespa B3 Estatais e o Ibovespa B3 Empresas Privadas

Índices derivados do Ibovespa isolarão desempenho de empresas estatais e privadas do principal indicador brasileiro de ações

A B3, a bolsa de valores do Brasil, anunciou nesta quinta-feira, 3, que irá lançar dois novos índices derivados do Ibovespa. O Ibovespa B3 Estatais (IBEE) e o Ibovespa B3 Empresas Privadas (IBEP) estarão disponíveis a partir da segunda-feira, 7 de outubro.

De acordo com a bolsa, os indicadores foram criados com o objetivo destacar as performances dos ativos das empresas públicas e das empresas privadas que compõem o Ibovespa B3, separadamente. 

Para fazer parte dos novos índices, os ativos devem, obrigatoriamente, estar na carteira vigente do IBOV, principal índice de ações do Brasil. Assim, os indicadores seguem a mesma metodologia de exclusão e ponderação do Ibovespa B3, com rebalanceamento a cada quatro meses. 

A classificação entre estatal ou empresa privada é apresentada no formulário cadastral (FCA) de cada companhia, de forma auto declaratória.

“Existe uma crescente demanda no mercado por análises mais detalhadas de partes específicas da carteira do Ibovespa B3, que é o principal indicador do mercado brasileiro. Com os novos índices, o investidor terá mais um termômetro para verificar o movimento do mercado, olhando para diferentes categorias de empresas listadas”, afirma Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3.

Ibovespa B3 Estatais

Como diz no nome, o Ibovespa B3 Estatais será o indicador que trará o desempenho médio dos ativos presentes no Ibovespa que possuem controle acionário estatal. A primeira carteira do indicador conta com sete ativos de seis empresas. São elas: Banco do Brasil, BB Seguridade, Cemig, Copel, Petrobras (PN e ON) e Caixa Seguridade.

O índice terá como metodologia o ‘Retorno Total’, ou seja, refletirá o retorno dos ativos considerando o reinvestimento dos dividendos, e incluirá exclusivamente ações e units de companhias listadas na B3 que fazem parte da carteira do Ibovespa B3 e que têm controles acionários Estatal ou Estatal Holding declarados em seu FCA.

Caso a empresa altere seu controle acionário ao longo do quadrimestre, a mudança na carteira do índice ocorrerá apenas na próxima data de avaliação periódica. 

+ Como funcionam as estatais – e como elas se saíram na bolsa até agora

Ibovespa B3 Empresas Privadas

Por sua vez, o Ibovespa B3 Empresas Privadas será o indicador de desempenho médio dos ativos de maior negociabilidade, representatividade e que possuem controle acionário privado.

O índice, também classificado como Retorno Total, é composto de ações e units de companhias listadas na B3 que fazem parte da carteira do IBOV e que não fazem parte do Ibovespa B3 Estatais.

A primeira carteira do índice conta com 79 ativos, de 77 empresas. As ações com maior peso são Vale, Itaú, Bradesco, Eletrobras, B3 e WEG.

Segmentação e variedade de índices

Recentemente, a B3 lançou mais quatro índices, também derivados do Ibovespa B3: Ibovespa Smart Dividendos B3, lançado em setembro de 2023, Ibovespa Smart High Beta B3 e Ibovespa Smart Low Volatility B3, lançados em julho de 2024, e Ibovespa B3 BR+, lançado em agosto de 2024.

“Os lançamentos reforçam a estratégia da B3 de ser a principal provedora de índices do país, criando a possibilidade de desenvolvimento de diferentes subíndices, que poderão ser usados, no futuro, na criação de novos produtos, como ETFs, que são fundos de índices cujas cotas são negociadas em bolsa, além de outros instrumentos de investimento que busquem exposição para as carteiras de ativos de índices”, afirma a bolsa em nota.

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