O dia no mercado: leve queda do dólar
Deflação menor que o esperado pelo mercado do índice tende a levar o mercado de juros a elevar os contratos em DI
O dólar iniciou a sexta-feira (9) com leve baixa nos segmentos à vista e futuro, confirmando a tendência que já vinha sendo sinalizada pelo mercado internacional. Isso acontece como um resultado da alta de outras moedas, como o Euro, em uma demonstração de que o apetite por risco está restaurado na maioria das praças hoje, apesar dos reiterados sinais de endurecimento da política monetária na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil, o destaque da manhã é o resultado de agosto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice de preços utilizado como referência para a política monetária do Banco Central teve deflação de 0,36% em agosto, contra queda de 0,68% em julho. A taxa acumulada no ano ficou em 4,39% e o resultado acumulado em 12 meses foi de 8,73%, acima da mediana das projeções, de 8,69%.
Essa deflação menor que o esperado pelo mercado leva o mercado futuro de juros a elevar as taxas curtas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). Já as taxas longas recuam em sintonia com o dólar.
O maior apetite por risco também tende a ser reflexo da desaceleração da inflação chinesa e fornece sinal verde para que as autoridades do país sigam com os planos de concessão de estímulos econômicos. O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu 2,5% na comparação anual da agosto, em comparação com um aumento de 2,7% em julho. As bolsas na Ásia fecharam em alta.
O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu adiar a decisão de política monetária que ocorreria na próxima quinta-feira, 15, para 22 de setembro, em respeito ao luto pela morte da rainha Elizabeth II. A monarca morreu ontem aos 96 anos.