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ETFs de dividendos: estratégias para crescimento e renda em cenários de juros altos

Alexandre Frade, da Itaú Asset
Sênior Portfolio Manager de Estratégias Indexadas da Itaú Asset Management. Experiência de 10 anos em Fundos de Pensão, e 5 anos na BlackRock como Gestor Sênior de ETFs listados na América Latina. Desde 2018, trabalha na Itaú Asset com foco em mandatos Indexados e ETFs.
Com os juros ainda elevados no Brasil e a expectativa de cortes graduais na Selic mais à frente, muitos investidores têm buscado alternativas que aliem geração de renda com valorização patrimonial. Nesse cenário, os ETFs focados em empresas pagadoras de dividendos ganham destaque como instrumentos eficientes para quem deseja construir patrimônio de forma consistente e com praticidade.
Dois produtos que se complementam bem nesse universo são o DIVO11 e o DIVD11, ambos baseados no índice IDIV da B3, referência para ações de empresas com histórico sólido de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio.
O DIVO11 segue uma abordagem voltada para o crescimento de longo prazo. Os proventos recebidos das empresas da carteira são automaticamente reinvestidos, o que contribui para a valorização das cotas ao longo do tempo. Essa estrutura favorece o investidor que busca acumular patrimônio de forma passiva, sem a necessidade de reinvestir manualmente os dividendos. É uma estratégia alinhada com quem tem foco em crescimento e quer deixar o tempo e os juros compostos trabalharem a seu favor.
Já o DIVD11, lançado em 2024, tem uma proposta voltada para geração de fluxo de caixa. Ele distribui mensalmente os dividendos aos cotistas, funcionando como uma fonte recorrente de renda. Essa característica é especialmente atrativa para quem deseja complementar o orçamento, diversificar fontes de receita ou mesmo reinvestir os valores recebidos de forma estratégica. Os pagamentos ocorrem no décimo dia útil do mês subsequente à apuração dos proventos.
A escolha entre os dois ETFs depende dos objetivos individuais. O DIVO11 tende a ser mais adequado para quem está construindo patrimônio e prioriza o crescimento no longo prazo. Já o DIVD11 atende bem quem busca rentabilidade periódica e previsibilidade de fluxo de caixa. Nada impede, porém, que ambos sejam utilizados em conjunto, permitindo ao investidor montar uma carteira equilibrada entre renda e valorização.
Ambos ETFs oferecem vantagens como diversificação automática, liquidez diária e baixo custo de entrada — características que tornam esse tipo de investimento acessível e eficiente para diferentes perfis. Além disso, ao replicarem índices com critérios objetivos, esses fundos eliminam a necessidade de selecionar ações individualmente, o que é ideal para quem não acompanha o mercado de perto.
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*As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3
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