ETFs transformaram o mercado financeiro ao oferecer abordagem diversificada e de baixo custo

Os ETFs transformaram o mercado financeiro oferecendo aos investidores uma abordagem diversificada e de baixo custo para a montagem de portfólios. Introduzidos no início dos anos 1990, cresceram em um ritmo sem precedentes, abrindo acesso a classes de ativos que vão de ações e dívida até comodities e moedas. A sua estrutura única permitiu aos investidores negociar esses fundos em bolsa como se fossem ações, otimizando liquidez e aumentando a flexibilidade de alocação. A estrutura de replicação passiva de índices ganhou tração, desafiando o status quo e a gestão tradicional.

ETFs atraem vários segmentos de investidores, de Institucionais a Pessoas Físicas, democratizando acesso a spreads competitivos mesmo para volumes menores. A estrutura de custos mais baixos quando comparados ao modelo tradicional de distribuição de fundos mútuos atraiu vários perfis de investidores interessados em manter custos sob controle. O mecanismo de criação e destruição de cotas no mercado primário permitiu a arbitragem no mercado secundário, aumentando a liquidez não só dos ETFs, mas de todos os ativos investidos pelos mesmos.

Em localidades como os Estados Unidos, vantagens tributárias como compensação de perdas e ganhos aumentaram ainda mais a relevância dos instrumentos, que tiveram o impulso adicional quando assessores de investimento, obrigados a demonstrar custos das exposições dos clientes e migrados para estruturas baseadas em fees fixos, tiveram interesse de recomendação alinhados aos dos próprios clientes, gerando uma “tempestade perfeita” para a adoção dos ETFs (mesmo cenário se desenhando no Brasil agora).

No Brasil, a adoção cresceu em ritmo mais rápido do que o ganho de AUM, os sinais são positivos e na medida que em que os ETFs de Renda Fixa crescem entre alocadores, institucionais e clientes finais, o patrimônio investido tende a acompanhar. Mudanças de regra de tributação trazem novos participantes que utilizam a combinação de ETFs de Renda Variável e Futuros para manter classificação tributária de RV, sendo um vetor relevante da utilização dos instrumentos.

Em cripto, a adoção de ETFs como veículos de acesso a esta classe de ativos tem aumentado significativamente a exposição de fundos Multimercado e outros investidores que se mantiveram à margem das criptomoedas por muito tempo.

A Itaú Asset mantém seu papel de protagonista no desenvolvimento do nosso mercado, não só pela completa prateleira de ETFs, mas focando muito na comunicação, educação financeira e parcerias para ajudar cada vez mais clientes a atingirem seus objetivos financeiros.

As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3

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