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Itaú Asset: Como aproveitar as oportunidades com o ciclo de corte de juros do FED

Combinar ETFs internacionais com hedge para capturar oportunidades globais, equilibrar com renda fixa local para manter estabilidade e ajustar conforme o cenário são passos essenciais


Alexandre Frade, da Itaú Asset

Alexandre Frade, da Itaú Asset

Sênior Portfolio Manager de Estratégias Indexadas da Itaú Asset Management. Experiência de 10 anos em Fundos de Pensão, e 5 anos na BlackRock como Gestor Sênior de ETFs listados na América Latina. Desde 2018, trabalha na Itaú Asset com foco em mandatos Indexados e ETFs.


Em setembro de 2025, o Federal Reserve iniciou um novo ciclo de cortes na taxa básica de juros, reduzindo-a em 0,25 ponto percentual. Embora esse movimento já fosse amplamente antecipado pelos mercados, ele marca uma mudança relevante no cenário global e traz implicações importantes para investidores brasileiros. A redução dos juros nos Estados Unidos tende a valorizar ativos de maior duration, como os Treasuries de 10 anos, e pode impulsionar o mercado acionário americano. Além disso, cortes costumam enfraquecer o dólar, já que ativos denominados na moeda passam a oferecer menor retorno relativo, reduzindo a demanda pela divisa.

Para quem busca diversificação internacional com eficiência e controle de risco cambial, os ETFs listados na B3 são instrumentos estratégicos. O T10R11 é uma alternativa para exposição aos Treasuries de 10 anos com proteção contra variação do dólar, além de capturar o carrego do diferencial de juros Brasil x EUA. Já o SPXR11 oferece acesso ao índice S&P 500 com hedge cambial, ideal para quem deseja participar do crescimento das principais empresas americanas sem se preocupar com a volatilidade do câmbio, e também capturar o carrego do diferencial de juros Brasil x EUA. Para investidores que acreditam na valorização do dólar ou querem assumir esse risco, o SPXI11 é a opção de S&P 500 sem proteção cambial, permitindo capturar tanto o desempenho das ações quanto possíveis ganhos com a moeda.

Enquanto isso, a renda fixa local continua atrativa, especialmente com a Selic ainda em patamares elevados. ETFs de títulos públicos são soluções práticas para compor a parcela da carteira que se aproveita do carrego mais alto, e que pode capturar o fechamento dos juros no Brasil mais a frente. O IMAB11 reúne a curva inteira papéis indexados à inflação, o IRFM11, focado em títulos prefixados, é interessante para quem aposta na queda dos juros no Brasil. Já o IB5M11, composto por títulos de longo prazo, pode ser uma opção para os investidores que acreditam em um fechamento não precificado na curva de juros reais. Por oferecer a parcela mais longa da curva das NTNBs, este ETF é uma alternativa para investidores dispostos a correr mais risco e capturar um prêmio potencialmente maior.

Esse novo ciclo do FED é um convite para repensar a alocação. Combinar ETFs internacionais com hedge para capturar oportunidades globais, equilibrar com renda fixa local para manter estabilidade e ajustar conforme o cenário são passos essenciais. Em períodos de corte de juros, ativos de duration mais longa tendem a performar melhor, enquanto a diversificação protege contra riscos específicos. Para o investidor brasileiro, essa é a hora de alinhar estratégia, aproveitar oportunidades e construir um portfólio robusto diante das mudanças no cenário global.

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*As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3

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