ETFs
Prefixados ou juros reais? Estratégias com ETFs em um cenário de Selic estável

Alexandre Frade, da Itaú Asset
Sênior Portfolio Manager de Estratégias Indexadas da Itaú Asset Management. Experiência de 10 anos em Fundos de Pensão, e 5 anos na BlackRock como Gestor Sênior de ETFs listados na América Latina. Desde 2018, trabalha na Itaú Asset com foco em mandatos Indexados e ETFs.
Mesmo com a inflação dando sinais de desaceleração, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, reforçando uma postura cautelosa diante das incertezas internas e externas. O Copom segue atento aos riscos fiscais, ao comportamento dos preços e aos impactos das tarifas internacionais, destacando os trade-offs que influenciam a política monetária. Nesse cenário, os investidores precisam avaliar com cuidado suas estratégias de renda fixa, especialmente ao considerar papéis prefixados e indexados à inflação.
Os ativos prefixados oferecem previsibilidade de retorno, sendo vantajosos quando há expectativa de queda na taxa de juros. Para quem acredita que a Selic atingiu seu pico, essa pode ser uma oportunidade estratégica. Os ETFs IRFM11 e IDKA11, que acompanham índices de títulos públicos prefixados, permitem ao investidor acessar cestas diversificadas desses papéis com eficiência e liquidez.
Já os títulos atrelados à inflação, que oferecem juros reais, continuam sendo peças-chave em um portfólio de longo prazo. Eles protegem o investidor contra a perda do poder de compra, mesmo em cenários de inflação persistente. O ETF IMAB11, por exemplo, replica o índice IMA-B, composto por uma ampla gama de títulos públicos indexados ao IPCA. Para quem busca exposição mais concentrada, o IB5M11 e o B5P211 são alternativas interessantes. O IB5M11 acompanha o desempenho dos títulos IPCA+ com vencimento de cinco anos ou mais, enquanto o B5P211 oferece uma abordagem mais tática, mais focada no ciclo de política monetária e na gestão da duration, com títulos de até cinco anos.
A escolha entre prefixados e juros reais depende da expectativa em relação ao comportamento futuro da inflação e dos juros. Em um ambiente de incertezas, diversificar entre essas estratégias pode trazer mais equilíbrio e proteção ao portfólio. Com os ETFs, o investidor brasileiro tem à disposição ferramentas robustas para montar uma carteira alinhada ao cenário econômico e ao seu perfil de risco.
Acesse o Simulador de Investimentos da Itaú Asset
*As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3
Quer simular investimentos no Tesouro Direto? Acesse o simulador e confira os prováveis rendimentos da sua aplicação. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.