Qual o custo de um ETF?

As taxas de administração e os spreads de negociação são os custos explícitos dos ETFs para o investidor – e manter ambos o mais baixos possível melhora os resultados dos investimentos. Dependendo do horizonte de tempo, um deles pode ser mais relevante do que o outro. Para períodos mais curtos, o spread importa mais. Para períodos mais longos, a taxa de administração fica mais relevantes. Outros fatores como prêmio e desconto dos ETFs, Tracking Error e outros custos também podem influenciar o custo total de se posicionar via ETFs.

Muitos fatores influenciam o spread de compra e venda. Em última análise, ele é definido pelos participantes do mercado, que incluem o público investidor, bem como formadores de mercado e arbitradores. Os três fatores principais que influenciam o spread são:

● O volume do ETF, ou rotatividade: quanto menor o volume, geralmente os spreads são mais amplos. Se um ETF gira rapidamente, o formador de mercado carrega menos risco de movimento de mercado e pode definir o spread de forma mais apertada.

● Volatilidade dos títulos que compõem a carteira do ETF: além do tempo que leva para girar esse risco, a velocidade com que os preços mudam é um fator crucial para definir essas ofertas e pedidos.

● Liquidez dos ativos investidos pelo ETF: menor liquidez gera spreads de compra e venda mais amplos, especialmente quando o volume do ETF é menor. Um ETF como o BOVV11, cujo benchmark é o Ibovespa B3 e cujas ações são facilmente negociadas com um spread apertado, apresenta spread muito justo. Outros ETFs, como um que detém ações de pequena capitalização (SMAC11), podem ver ambientes de liquidez mais restritos com mais frequência, dificultando a compra e venda dos títulos subjacentes a um preço justo. Isso pode afetar os spreads do ETF de forma mais significativa.

Importante notar que os ETFs com ecossistema robusto e formador de mercado atuante, como é o caso dos ETFs da Itaú Asset, tendem a negociar com spreads menores do que aqueles das cestas de ativos que os compõem.

As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3

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