Entrevistas

‘Não precisa ser rico para viajar’, afirma Lucas Estevam

Lucas Estevam conta sua relação com as finanças e traz dicas sobre como acumular milhas

Ele começou a viajar ainda quando era bebê. Com três semanas de vida já estava dentro de um avião. A paixão por viagens levou Lucas Estevam a descobrir como se planejar financeiramente para abrir mão da rotina corporativa e ganhar a vida viajando pelo mundo. Ao B3 Convida, ele conta sua relação com as finanças, traz dicas sobre como acumular milhas e ainda o passo a passo para se planejar financeiramente e realizar a viagem dos sonhos.

Confira os principais trechos da entrevista.

Experiências da infância

“Meu pai era militar e, como filho, você tem que estar preparado para começar do zero várias vezes. É muito comum mudar de cidade e de estado. Esse primeiro voo foi para Rondônia, aí depois para Campinas e Salvador, conforme meu pai foi transferido. Eu amava poder ter vários amigos. Eu posso ter amigos em todos os lugares e isso sempre brilhou. Com 16 anos, eu fiz meu primeiro intercâmbio pela Rotary, que promove estudo de jovens para que possam morar em outros países para fazer um mundo melhor. Ali eu vi que o mundo era muito grande. Quero sempre explorar mais e viver mais. Me mudar desde pequeno me ajudou a ter sede para viajar pelo mundo”. 

Quando começou o blog

“Eu comecei com um blog escrito. Tem tudo na internet se você pesquisar. Quando estive na Alemanha, [em um estágio] de administração de empresas e marketing, ainda apaixonado por viagens, eu comecei a postar de forma despretensiosa, em 2011. O conteúdo nem era monetizado e nem era perto do que é hoje. Então, eu me inspirava no que os americanos e britânicos produziam, porque não tinha conteúdo em português. Meus amigos perguntavam como eu estava um fim de semana em cada lugar diferente, e eu respondia: ‘gente, é planejamento. Você não precisa ser rico para viajar, não, mas tem que saber priorizar para chegar lá’. Eu ganhava 800 a 900 euros. E pelo blog eu mostrava como se organizar e dicas de viagem.” 

Investimento no canal

“Na época, eu não enxergava o YouTube como canal de mídia. Fui para o programa no canal 8. Depois, não renovaram o programa e fui dar aula de inglês em diferentes escolas de idiomas. Eu não sabia exatamente como conquistar meu sonho, mas eu sabia o que queria: viver de viagem. Mas não tinha stories ou TikTok na época. Eu comecei a me enxergar como microempreendedor quando comecei a usar minha renda para pagar um design para meu site e também para custear o portal. Vi que está rolando algo nos EUA, pela internet, em poucos dias isso se reflete aqui no Brasil. Então, comecei a investir nisso. No começo, o canal não cresceu rápido, foram dois a três anos para ter 10 mil inscritos. É realmente ter um negócio, como plantar uma sementinha. Quase não tinha criadores de conteúdo para viagens em português naquela época, então fui ampliando minha audiência.”

Três estratégias para acumular milhas

“Comprando no momento certo. Comprando apenas o que preciso e evitar compras por impulso. Às vezes precisamos de alguma coisa, mas não agora. Então, é saber o que quer e esperar para comprar no momento certo. Abastecer o carro e ir na farmácia, isso dá milhas. Tudo dá milhas.” 

Erros de viajantes internacionais

“Não se informar é o pior erro de um viajante internacional. Não gastar muito dinheiro e evitar perrengues é se informar. Agora, controlar os gastos, tem que colocar numa planilha, não precisa ser no Excel ou Word. Já coloca seus gastos no papel para ter uma referência. Além disso, você pode buscar informações em posts e vídeos sobre o destino final, o que te ajuda a economizar. Estuda o que tem para fazer no lugar, verifica se dá para se transportar de metrô ou alugar um carro e escolher o mais em conta”.

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