Glossário

IFNC (Índice Financeiro) - O que é, significado e definição

Saiba tudo sobre o IFNC B3, o índice que mede o desempenho das principais empresas financeiras da bolsa de valores brasileira.

O IFNC B3, ou Índice Financeiro, é um indicador da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) que mede o desempenho médio das ações de empresas do setor financeiro listadas na bolsa de valores brasileira. Esse indicador reflete a evolução de preços dos papéis de instituições financeiras, como bancos, seguradoras, instituições de pagamento, holdings de participações financeiras, entre outras.

Criado com o objetivo de servir como referência para investidores, o IFNC permite acompanhar o comportamento agregado do setor, funcionando como um termômetro do mercado financeiro brasileiro.

Como funciona o IFNC B3?

O IFNC funciona como um índice de retorno total, ou seja, considera as variações de preços das ações componentes, além dos proventos distribuídos por elas, como dividendos e juros sobre capital próprio, na sua composição.

Ele é calculado de forma ponderada pelo valor de mercado ajustado pelo free float, ou seja, leva em conta apenas o número de ações efetivamente disponíveis para negociação no mercado. As ações com maior volume e liquidez têm maior peso no cálculo do índice.

Principais objetivos do IFNC

O Índice Financeiro da B3 possui diversas finalidades:

  • Benchmark: serve como referência para análise de desempenho de fundos, carteiras ou estratégias focadas no setor financeiro.
  • Instrumento de análise: permite avaliar tendências, riscos e oportunidades específicas desse setor.
  • Base para produtos financeiros: facilita a criação de fundos, ETFs ou derivativos que buscam replicar ou superar a performance do setor financeiro.
  • Monitoramento do setor: ajuda investidores, analistas e gestores a entenderem o comportamento agregado das principais empresas financeiras da bolsa.

Critérios de inclusão no IFNC

Para que uma ação componha o Índice Financeiro (IFNC), ela deve atender cumulativamente aos seguintes critérios:

  1. Relevância na negociação: estar entre os ativos que, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem 99% do somatório total desse indicador, ao considerar as três carteiras anteriores.
  2. Presença em pregão: ter estado presente em pelo menos 95% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores.
  3. Preço mínimo: não ser classificada como penny stock, conforme definição da B3.
  4. Setor de atuação: pertencer aos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos, previdência ou seguros.
  5. Oferta pública recente: ativos originados em ofertas públicas também podem ser incluídos, desde que:
    • a oferta tenha ocorrido antes do rebalanceamento anterior;
    • o ativo tenha pelo menos 95% de presença desde o início da negociação;
    • e atenda aos critérios 1, 3 e 4 acima.

Composição típica do IFNC

  • Bancos comerciais e múltiplos: como Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).
  • Seguradoras: como Porto Seguro (PSSA3) e BB Seguridade (BBSE3).
  • Instituições de pagamento e crédito: como Banco Pan (BPAN4), BTG Pactual (BPAC11) e fintechs selecionadas.
  • Holdings financeiras: estruturas societárias que concentram participações em outras instituições do setor.

A presença dessas empresas confere ao índice uma visão abrangente do setor financeiro brasileiro, que é um dos pilares da economia nacional.

Importância do IFNC para investidores

O IFNC é uma ferramenta indispensável para investidores que desejam:

  • Acompanhar o setor: monitorar o desempenho conjunto das principais empresas financeiras do Brasil.
  • Diversificação temática: investir especificamente no setor financeiro, que historicamente é uma das maiores e mais lucrativas áreas da bolsa brasileira.
  • Avaliação comparativa: medir o desempenho de ativos financeiros individuais em relação ao comportamento médio do setor.
  • Base para estratégias passivas: replicar o índice por meio de fundos ou carteiras espelhadas.

Diferença entre o IFNC e outros índices setoriais

A B3 oferece outros índices setoriais, como o IMOB (imobiliário), o IEE (energia elétrica) e o ICON (consumo). O IFNC diferencia-se por concentrar exclusivamente empresas do setor financeiro, que, por sua natureza, possuem características de risco e retorno específicas, como maior alavancagem e sensibilidade à política monetária.

Como investir com base no IFNC?

  • Fundos setoriais: optando por fundos de ações especializados no setor financeiro.
  • Estratégias de análise: usando o IFNC como benchmark para avaliar o desempenho relativo de uma carteira.
  • Diversificação setorial: incluindo ativos financeiros para equilibrar uma carteira diversificada.

O IFNC (Índice Financeiro) é um dos principais indicadores setoriais da B3, pois reúne as maiores empresas do setor financeiro e serve como referência essencial para investidores e analistas interessados em acompanhar ou atuar nesse segmento, que exerce papel estratégico na economia brasileira.

Investir com base no IFNC requer compreensão de particularidades do setor, dos riscos e das oportunidades, bem como atenção às mudanças regulatórias e às tendências de mercado.


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