Glossário

Liquidez - O que é, significado e definição

Determina a facilidade com que investidores compram e vendem ativos, sua falta afeta a estabilidade financeira das empresas e a resiliência dos mercados em períodos de turbulência econômica

O termo liquidez, no mercado financeiro, refere-se à capacidade de um ativo ser rapidamente convertido em dinheiro sem perda significativa de valor. Ativos líquidos podem ser vendidos rapidamente a um preço próximo ao valor de mercado do momento. 

A liquidez é fundamental para investidores e empresas, pois facilita transações financeiras eficientes e rápidas.

O que é liquidez

A liquidez é essencial para compreender o funcionamento dos ativos financeiros. Cada ativo segue um ciclo de vida, que começa pela aplicação, segue pelo rendimento de juros e termina na retirada do capital. Considerar todas essas etapas ao planejar um investimento permite criar uma estratégia sólida e um cronograma para maximizar os lucros. Imprevistos podem exigir acesso rápido a grandes quantias de dinheiro, e a liquidez possibilita essa conversão rápida de ativos.

A liquidez mede a facilidade de vender um título, ação ou bem sem perder o rendimento acumulado. Essa facilidade varia de ativo para ativo, dependendo de fatores como prazos de resgate, penalidades por retirada antecipada e impostos.

Liquidez no mercado de ações é a facilidade com que um papel pode ser comprada ou vendido sem causar grandes variações no seu preço.

Por exemplo, a Ação X, que é altamente líquida, tem um volume diário de negociação de milhões de ações e um spread (diferença entre preço de compra e venda) de apenas R$ 0,01, o que permite compras e vendas rápidas sem grandes oscilações de preço. Em contraste, a Ação Y, com baixa liquidez, tem um volume diário de apenas milhares de ações e um spread de R$ 0,50. Isso dificulta uma negociação rápida sem impactar significativamente o preço. Portanto, a alta liquidez proporciona maior flexibilidade e menor risco de impacto no preço ao negociar.

Tipos de liquidez

  1. Baixa liquidez: ações de empresas pequenas ou com pouca negociação, cuja venda imediata é difícil sem perda de valor.
  2. Média liquidez: ações de empresas de médio porte ou títulos privados, que podem ser vendidos em um prazo razoável, mas não em grandes volumes – sem grandes impactos no preço.
  3. Alta liquidez: ações de grandes empresas listadas na bolsa de valores, facilmente compradas e vendidas sem grandes variações no preço – transações rápidas e com pequeno spread.

Ao escolher investimentos, considere seu perfil e necessidades individuais, garantindo acesso ao dinheiro quando necessário. Diversificar a carteira é essencial, mantendo parte dos investimentos em ativos de alta liquidez para emergências e o restante em investimentos que oferecem retornos mais altos, ainda que com menor liquidez. Essa abordagem protege contra imprevistos e maximiza as oportunidades de crescimento financeiro a longo prazo.

Exemplos de ativos líquidos e ilíquidos

  • Ativos líquidos:
    • Dinheiro em caixa: o ativo mais líquido, utilizado imediatamente para qualquer necessidade financeira.
    • Títulos públicos: como Tesouro Direto, considerados líquidos devido à capacidade de serem vendidos rapidamente no mercado secundário.
    • Ações de empresas de grande capitalização: geralmente líquidas, com muitos compradores e vendedores interessados.
  • Ativos ilíquidos:
    • Imóveis: a venda pode demorar devido à necessidade de encontrar um comprador adequado e concluir transações legais.
    • Obras de arte: o mercado de arte pode ser volátil, e a venda pode exigir encontrar um comprador específico interessado, o que pode levar tempo.
    • Investimentos alternativos complexos: certos fundos de investimento, como private equity ou hedge funds, podem ser ilíquidos devido a restrições de resgate ou períodos de carência.

Esses exemplos ilustram como a liquidez varia entre diferentes tipos de ativos, influenciando a facilidade de conversão em dinheiro sem perda significativa de valor.

Riscos associados à falta de liquidez

A falta de liquidez pode trazer vários riscos significativos para investidores e empresas. Veja exemplos abaixo.

  • Risco de mercado: quando não é possível vender um ativo rapidamente, o investidor fica exposto a flutuações adversas no mercado, resultando em perdas financeiras.
  • Risco de preço: ativos ilíquidos podem ter preços difíceis de determinar ou negociar, levando a vendas abaixo do valor justo de mercado em situações de urgência.
  • Risco de crédito: em investimentos ilíquidos, especialmente em créditos privados ou empréstimos de longo prazo, pode haver o risco de o emissor não cumprir suas obrigações financeiras.
  • Risco operacional: empresas com ativos ilíquidos podem enfrentar dificuldades operacionais se precisarem de capital rapidamente para financiar operações diárias ou expansões.
  • Risco de liquidez pessoal: para investidores individuais, a falta de liquidez pode significar a incapacidade de atender a necessidades financeiras urgentes, levando a estresse financeiro e emocional.
  • Risco de longo prazo: investimentos ilíquidos muitas vezes têm horizontes de longo prazo, limitando a flexibilidade e a adaptabilidade a mudanças nas condições econômicas ou pessoais.

Esses riscos destacam a importância de considerar a liquidez ao construir uma carteira de investimentos ou ao gerenciar as finanças de uma empresa, equilibrando a busca por retornos potenciais com a necessidade de acessibilidade financeira imediata.


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