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ETF: tudo o que você precisa saber antes de investir

Entenda por que os fundos de índice são uma opção prática para diversificar sua carteira

Em um mundo cada vez mais globalizado, no qual diversos fatores – internos ou externos – influenciam no desempenho dos investimentos, é comum e muito importante, que o investidor busque alternativas que permitam uma diversificação do portfólio na hora de elaborar a melhor estratégia para compor uma carteira de investimentos. 

Neste contexto, uma opção que vem ganhando cada vez mais espaço entre os investidores pessoa física são os ETFs, sigla em inglês para fundos de investimentos negociados em bolsa de valores. Já são mais de 70 os ETFs de renda variável listados na B3, Bolsa de Valores brasileira, além de 8 de renda fixa. 

“As opções dos investidores estão cada vez mais globalizadas e, ao comprar cotas de um determinado ETF, será possível realizar investimentos em empresas nacionais ou globais com praticidade e eficiência, através da bolsa brasileira”, destaca Gabriela Shibata, gerente de produtos da B3. 

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A diferença destes para outros fundos mais tradicionais, além do fato de serem negociados em bolsa, é que os ETFs contam com uma gestão passiva – o que barateia a taxa de administração – e acompanham sempre um índice de referência. Ou seja, o gestor do fundo não vai escolher os ativos que compõem o fundo: só irá replicar as mesmas posições do índice que aquele ETF acompanha.

Ficou curioso e quer saber se esse ativo faz sentido para a sua estratégia de investimentos? Confira, nos seis pontos a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os ETFs.

1. Diversificação

Por serem fundos que replicam índices, os ETFs oferecem uma possibilidade expressiva de diversificação de portfólio para os investidores. No Brasil, é possível escolher entre os ETFs de renda fixa, que replicam carteiras de títulos públicos, ou os ETFs de renda variável, que podem acompanhar índices locais ou internacionais e de diversos setores.

Só para dar alguns exemplos, vamos falar sobre dois índices locais e três internacionais que estão listados na B3:

  • BOVA11: um dos mais tradicionais do mercado brasileiro, este ETF replica a carteira teórica do Ibovespa, principal índice acionário do País;
  • DIVO11: busca replicar o Índice Dividendos (IDIV), que reúne as principais empresas brasileiras pagadoras de dividendos;
  • HASH11: este é o primeiro ETF do País a ter um índice de referência composto por criptoativos, o Nasdaq Crypto Index;
  • XINA11: segue o índice MSCI China e é composto por cerca de 700 empresas chinesas de grande e médio porte, o equivalente a 85% do total de companhias com capital aberto no país asiático;
  • TECK11: tem como referência o índice NYSE FANG+, que conta com as 10 grandes empresas de tecnologia e consumo do mundo, como Netflix e Google.

Com ativos com propostas tão diferentes entre si na carteira, o investidor pode estar exposto a diferentes economias e variações cambiais.

2. Liquidez

Por ser um fundo negociado em bolsa, a liquidez de um ETF varia com a oferta e a demanda do produto no mercado. Dessa forma, para vender uma cota de determinado ETF, é necessário negociá-la na bolsa com alguém que esteja interessado em comprar. As negociações são feitas de forma contínua, durante todo o pregão

3. Rentabilidade

A rentabilidade que o investidor vai conseguir com um ETF também depende da oferta e da demanda. Como o fundo é negociado em bolsa, é possível manter o produto na carteira até o momento em que o investidor considerar mais adequado realizar seus lucros (ou prejuízos, se errar a mão na hora de se desfazer do ativo).

Além disso, é importante destacar que a cotação de um ETF tende a acompanhar as variações observadas no seu índice de referência.

4. Custos do investimento

“O ETF pode proporcionar mais rapidez e eficiência no momento de diversificar seus investimentos, além de exigir um capital de investimento inicial baixo, considerando que o lote mínimo de negociação é de uma cota”, afirma Gabriela. Se fosse comprar cada um dos ativos que compõem a carteira de um ETF, o investidor teria um desembolso bem maior – além de muito mais trabalho.

Outros custos de negociação que os ETFs apresentam são os mesmos vistos na hora de investir em ações: corretagem e emolumentos. Por ser um fundo de investimento, esses produtos também têm taxa de administração, que costumam ser muito menores do que em outros fundos tradicionais por causa da gestão passiva.

5. Tributação

Para os ETFs de renda fixa, a tributação é de 15% sobre o lucro líquido em carteiras de títulos que tenham um prazo médio de, no mínimo, dois anos – caso de todos os produtos listados na B3 atualmente.

Já para os ETFs de renda variável, a tributação ocorre de forma semelhante à de ações: na venda de cotas é cobrada uma taxa de 15% sobre o lucro líquido das operações normais e de 20% no caso de operações de day trade.

6. Como investir

Para investir em ETFs é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores de sua preferência. Com a conta aberta, basta acessar as plataformas de investimentos disponíveis pela instituição para os clientes e negociar as cotas na bolsa.