Notícias

Americanas entra com pedido de recuperação judicial; dívida chega a R$ 43 bilhões

Entre os principais credores estão os bancos BTG, Bradesco e Safra

Fachada das Lojas Aamericanas
BTG, Bradesco e Safra são alguns dos credores. Foto: Adobe Stock

A Americanas entrou hoje, 19/01, com pedido de recuperação judicial. A medida é um recurso que suspende o pagamento de dívidas durante um período por parte de uma empresa, desse modo evita-se a falência e o não pagamento definitivo a credores.

Entre os principais credores estão os bancos BTG, Bradesco e Safra. No total, são 16.300 credores de uma dívida que chega a R$ 43 bilhões; a companhia pede 48 horas para apresentar a lista de credores e diz que seguirá as operações normalmente, segundo informações da Agência Estado.

Segundo fato relevante divulgado hoje pela varejista, “na presente data, a posição de caixa disponível à Companhia para suas atividades alcançou o valor de R$ 800 milhões, sendo que parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela Companhia na data de ontem.”

O fato relevante também afirma que “a companhia vai recorrer da decisão, que fere seu esforço na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores, para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos”.

O que aconteceu com a Americanas?

A crise na varejista começou no último dia 11, quando o então presidente da companhia, Sérgio Rial, deixou o cargo após identificação de rombo estimado em R$ 20 bilhões. Rial estava no cargo há somente nove dias.

Na quarta-feira, dia 18, um dos principais credores da Americanas, o banco BTG, conseguiu uma liminar para o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em aplicações da Americanas no banco, como garantia de pagamento antecipado de dívidas. A liminar abriu caminho para o pedido de recuperação judicial.

+ 6 principais fatos para entender a crise na Americanas

A crise nas Americanas teve impacto no mercado com as ações da varejista sendo negociadas entre leilões – medida da B3 que protege investidores contra variações abruptas nos preços de ativos.

O caso da Americanas impactou no setor de varejo. Uma vez que necessita de grandes volumes de financiamento para execução das operações, a quebra de confiança gerada pode impor dificuldades ao acesso a capital para as companhias do setor. Além disso, espera-se que, a partir de agora, os processos de controle e diligência das empresas se intensifiquem.

Para saber mais sobre finanças pessoais e o funcionamento do mercado, acesse o Hub de Educação Financeira da B3.