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Como funciona e como se proteger do novo vírus que desvia Pix

Pix se popularizou massivamente em menos de 3 anos de lançamento e tem atraído atenção tanto de usuários quanto de fraudadores

Tudo sobre pix!
O PIX surgiu por meio de programa lançado em outubro de 2020 pelo Banco Central (Bacen). Foto: Brenda Blossom - stock.adobe.com

Em menos de três anos de lançamento, o Pix caiu nas graças dos brasileiros, entrou no ranking de tipos de pagamentos mais usados e na rotina das pessoas. Contudo, toda essa atenção também atrai pessoas mal intencionadas, como as que criaram o novo motivo de preocupação geral: o vírus que desvia Pix.

Chamado de Brats, o novo vírus é um malware (software intencionalmente feito para causar danos) que tem como principal característica o fato de atuar de maneira totalmente autônoma. Ou seja, ele não precisa receber nenhum tipo de comando por parte dos fraudadores e nem de interação com a vítima para cumprir seu objetivo.

“Criado por fraudadores brasileiros, ele é instalado nos aparelhos celulares quando a pessoa clica em links ou mensagens suspeitas de engenharia social, como as que sugerem atualizações de aplicativos”, explica Fernando Guimarães, CEO da Stone Age.

Segundo ele, o Brats, aparentemente, é um vírus que atinge os aparelhos do tipo Android. Porém, existem outros tipos de vírus parecidos que também infectam aparelhos Apple, apesar de serem menos comuns.

Uma vez instalado ele atua na fase anterior à solicitação da senha. Neste momento, ele consegue acessar informações presentes no aparelho como a localização, horário e outros dados estratégicos que o permitem se antecipar e interceptar as transações via Pix para fazer a  troca do destinatário e dos valores envolvidos.

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Como saber se meu celular está com o vírus do Pix? 

Guimarães alerta que um dos poucos indícios aparentes da presença do vírus nos aparelhos são pequenas tremedeiras na tela e algum sinal de lentidão ao carregar a bateria. Os estelionatários levam até 95% do saldo da conta em um único golpe.

A ameaça foi identificada pela Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, e a descoberta apresentada em uma conferência na Costa Rica, segundo a Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, a tecnologia desenvolvida por criminosos brasileiros foi detectada em dezembro e, embora restrita ao país, já é a segunda fraude mais registrada em toda a América Latina.

Este vídeo mostra como o golpe funciona na prática:

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Como evitar o golpe do Pix?

O vírus foi desenvolvido para se aproveitar dos recursos que auxiliam pessoas com deficiência sensorial ou de movimento, as chamadas opções de acessibilidade como leitor de texto e clique automático.

“Desta forma, a primeira medida para se proteger deve ser a de investigar com cuidado todas as mensagens recebidas que peçam acesso às opções de acessibilidade, tanto no navegador do aparelho quanto vinda dos próprios aplicativos”, alerta o CEO da Stone Age. 

Além dessa recomendação específica, ele ainda afirma que é necessário adotar comportamentos seguros que servem para todos os outros tipos de golpes. Como:

  • Não baixar aplicativos ou links suspeitos de fontes desconhecidas ou não confiáveis;
  • Suspeitar de qualquer notificação que peça “acesso às opções de acessibilidade”;
  • Usar senhas fortes e diferentes para cada conta bancária; 
  • Instalar um antivírus confiável no seu dispositivo.

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