Desemprego cai em três estados no 3º trimestre; taxa média está em 7,7%
Acre, Maranhão e São Paulo tiveram queda na taxa de desocupação. Nos outros 22 estados e no DF houve estabilidade. Em Roraima o desempregou cresceu, segundo o IBGE
A taxa de desemprego no 3º trimestre caiu em apenas três dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada nesta quarta-feira, 22/11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A baixa na taxa de desocupação entre julho e setembro, na comparação com os três meses anteriores, ocorreu nos estados:
- São Paulo: 7,8% para 7,1%;
- Maranhão: 8,8% para 6,7%;
- Acre: 9,3% para 6,2%.
Na contramão ficou o estado de Roraima, onde a taxa de desemprego cresceu de 5,1% no 2º trimestre para 7,6% nos três meses seguintes. Nas demais Unidades da Federação (UF) e no Distrito Federal a taxa ficou estável, segundo o IBGE.
O país encerrou o 3º trimestre com a taxa de desemprego em 7,7%, menor patamar em oito anos. Essa baixa veio com o recorde de brasileiros ocupados, da menor busca por trabalho e da melhora do emprego com carteira assinada. Apesar do resultado positivo, o desemprego ainda atinge 8,3 milhões pessoas.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que o resultado de São Paulo foi fundamental para a queda no desemprego entre julho e setembro e que a baixa na taxa de desocupação não foi um processo disseminado nos Estados.
“A maior parte da UF mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três houve queda estatisticamente significativa. São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional”.
Ainda segundo a pesquisadora, no Maranhão e no Acre a queda do desemprego ocorreu principalmente pela queda na procura por trabalho e na melhora da ocupação. “No caso do Maranhão, se deu, principalmente no setor de alojamento e alimentação”.
O desemprego segue em patamar elevado na Bahia (13,3%), Pernambuco (13,2%) e no Amapá (12,6%), com as maiores taxas no 3º trimestre. Já as menores ficaram em Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
Norte e Nordeste têm alta na informalidade
A informalidade no Brasil entre julho e setembro foi de 39,1%. As regiões Norte (52,8%) e Nordeste (51,8%) registraram taxas acima da média nacional.
Na análise por estados, maiores percentuais foram encontrados no Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%) e os menores em Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%).
Sul e Sudeste têm avanço no rendimento médio
Segundo a PNAD do IBGE, o rendimento médio mensal do 3º trimestre foi de R$ 2.982, alta de R$ 49 em relação aos três meses anteriores.
As regiões Sul (R$ 3.276) e Sudeste (R$ 3.381) tiveram o maior crescimento na renda entre os dois trimestres. Nas demais regiões houve estabilidade.
Busca por emprego há mais tempo
A pesquisa mostrou ainda que o número de brasileiros que procuravam trabalho há mais de dois anos recuou 28,2% entre o 3º e o 2º trimestre.
Já as pessoas na faixa de procura entre um e dois anos, a queda foi um pouco menor, de 14,2%.
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