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Economistas apontam o que é preciso para democratizar investimentos no país

Assunto foi tema de painel no Bridgewise AInvest 2024, edição Brasil, evento realizado pela fintech israelense Bridgewise e a B3

Investidora em empresa tech
Investidora em empresa tech

Novos investidores surgem a todo momento, mas o potencial de atingir novos públicos no Brasil é imenso. Atualmente apenas 37% da população investe em produtos financeiros, segundo a 7ª edição do Raio X do Investidor, produzida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e o DataFolha.

A democratização dos investimentos e a ascensão de novos investidores no País foi tema de painel no Bridgewise AInvest 2024, edição Brasil, evento realizado pela fintech israelense Bridgewise e a B3. Nele, os debatedores destacaram que o maior acesso aos investimentos feitos pelos brasileiros passam principalmente por tecnologia, comunicação e renda.

De acordo com Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, o momento do mercado financeiro é de riqueza e avanço em acesso à informação no País. Ele também destacou a infraestrutura do mercado de capitais brasileiro e apontou a desigualdade de renda como limitador do avanço.

“O Brasil é um país extremamente desigual, e mesmo que queiramos democratizar os investimentos, temos primeiro que democratizar a renda. Só assim os brasileiros poderão poupar e olhar para uma melhor carteira de investimentos”, aponta.

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Linguagem acessível para novos investidores

Para Roberto Indech, sócio da XP Inc e head de Relações Institucionais de Renda Variável, a linguagem usada no mercado de capitais é essencial para essa democratização. Para ele, os influenciadores digitais, que falam a linguagem do público, são de suma importância para atrair novos investidores.

“É um problema grande só falar a linguagem do institucional. Estar apenas em plataformas que não atingem novos públicos. É muito importante adaptar as linguagens para cada rede social e trazer os temas de discussão para a realidade”, afirmou.

O avanço da tecnologia deve contribuir para massificar o planejamento financeiro na opinião de Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA, assim como a Inteligência Artificial (IA) será um meio de empoderamento e acesso de informações.

“A IA terá um papel importante em como fazer as pessoas se tornarem investidores, assim como migrarem para uma carteira de risco x retorno mais adequada para a vida delas”.

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