Efeito Pix: mais da metade dos brasileiros não se vê usando dinheiro em espécie em 5 anos, mostra pesquisa do BC
O Pix ultrapassou o dinheiro em espécie nos últimos anos, e atualmente é o principal meio de pagamento dos brasileiros
Por Maeli Prado
O Pix ultrapassou o cartão de débito e o uso de dinheiro em espécie nos últimos anos, e atualmente é o meio de pagamento mais citado pelos brasileiros, utilizado por 76,4% dos ouvidos em pesquisa do Banco Central divulgada nesta quarta-feira. O percentual era de 46,1% em 2021, no último levantamento do BC.
Os dados mostram o rápido avanço da digitalização financeira. Se o dinheiro vivo liderava o ranking das formas de pagamento mais utilizadas em 2021, com 83% dos brasileiros, agora é citado por 68,9% dos respondentes.
Nada indica que o movimento irá parar por aí, já que 53,4% dos ouvidos acreditam que não utilizarão o dinheiro em espécie daqui a 5 anos.
O cartão de débito, por sua vez, foi apontado como meio utilizado por 69,1% dos ouvidos pelo levantamento (a pesquisa era de múltiplas respostas).
O Pix também é citado como o meio de pagamento usado com maior frequência no dia a dia, como apontaram 46,1% dos ouvidos na pesquisa.
A pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro” realizou 2.000 entrevistas nacionalmente, metade dos ouvidos na população em geral e metade com comerciantes, entre os dias 28 de maio e 1º de julho, e tem nível de confiança de 95%.
15% dos brasileiros já não usam dinheiro em espécie
Os dados mostram também que quase 15% da população brasileira já não utiliza dinheiro em espécie em suas transações financeiras, um aumento importante em relação ao último levantamento do BC, realizado em 2021, quando o percentual era de 9,2%.
Além disso, mais da metade dos brasileiros – 54,3% – afirmaram usar dinheiro vivo com pouca frequência. Em 2021, essa parcela era de 46,5%.
Enquanto em 2021 53% das pessoas afirmavam receber salário por conta bancária, Pix, TED ou depósito, essa fatia se elevou para 72% neste ano, mostram os dados do BC.
Por fim, o número de pessoas que recebem salário através de dinheiro em espécie caiu a 15,1% da população neste ano, em relação aos 26,4% há três anos.
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