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Pix: 5 maneiras pouco conhecidas de fazer a transação instantânea

Lançado há 3 anos, o Pix já se tornou o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Mas há ainda formas pouco comuns dele ser usado

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O PIX surgiu por meio de programa lançado em outubro de 2020 pelo Banco Central (Bacen). Foto: Brenda Blossom - stock.adobe.com

No último mês de novembro, o Pix completou 3 anos de vida. Lançado pelo Banco Central em 2020, a modalidade de pagamento ganhou a rotina dos brasileiros e foi a mais utilizada no ano passado. No total, 11,7 bilhões de reais em transações foram feitas em 2022, mais que o dobro do valor registrado no ano anterior.

Por serem instantâneas, as transações via Pix simplificam a maneira de pagamentos e transferências serem feitas, além da vantagem de estar disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Essa forma mais fácil e ágil de funcionar ajudou a popularizar o meio de pagamento, tanto por empresas quanto por pessoas físicas. 

Ainda assim, existem 5 formas de fazer o Pix que são pouco conhecidas. Confira quais são:

Pix Programado

O Pix Programado permite agendar transferências para uma data futura. Por meio dele, o usuário consegue planejar pagamentos e já deixá-los prontos para serem feitos automaticamente na data escolhida.

Na prática funciona da seguinte forma: ao invés do pagamento cair na mesma hora, o valor demora até 90 dias para ser transferido, o que dá a liberdade para quem transfere de escolher o melhor dia para transferência.

Pix Recorrente

Por meio do Pix Recorrente o usuário consegue programar uma transação para uma data futura junto com uma recorrência. Nesse caso, é possível configurar para que a transação seja executada todo mês, em um dia específico, por exemplo.

“Assim, ele elimina a necessidade de realizar manualmente pagamentos regulares e reduz o risco de esquecimentos. Porém, é importante monitorar regularmente suas finanças para garantir que há saldo disponível nas datas programadas.”, afirma Kályta Caetano, head de contabilidade da MaisMei.

Pix Parcelado

O Pix Parcelado é uma modalidade que permite o pagamento como se fosse um cartão de crédito. Com ele, a Instituição Financeira oferece uma linha de crédito específica para transações Pix. 

Assim, quando o usuário não possui a totalidade dos recursos para fazer um Pix, ele pode optar por utilizar esse valor. A transação é realizada no valor total, e o usuário assume o pagamento das parcelas para a sua Instituição. 

“É importante destacar que o Pix Parcelado é uma modalidade de empréstimo que envolve cobrança de juros e outras taxas”, alerta, Carolina Canto de Macedo Villar, especialista em Meios de Pagamento do Ailos.

Pix Saque e Troco

Tanto no Pix Saque quanto no Pix Troco, é possível retirar dinheiro em espécie onde esse serviço é oferecido, como lojas, lotéricas, caixas eletrônicos. É só ler um QR Code e fazer um Pix da sua conta para a conta do estabelecimento.

“No Pix Saque, o dinheiro é o valor do Pix que você fez. Já no Pix Troco, o valor é a diferença entre o valor do total do Pix e o valor da compra que você fez. O limite do saque é R$3.000,00 de dia, e R$1.000,00 à noite. E ainda, pessoas físicas podem fazer até 08 saques por mês, de graça”, afirma Caetano.

Fonte: Banco Central

Mecanismo Especial de Devolução

Mais uma das utilidades pouco conhecidas do Pix é o Mecanismo Especial de Devolução, que permite a devolução dos recursos perdidos por pessoas que usam o Pix e foram vítimas de um golpe ou fraude.

Ao notar que foi vítima de uma fraude, o usuário do Pix pode acionar a sua Instituição Financeira e solicitar uma devolução por meio desse mecanismo. 

“Ao receber e reportar esse relato, a Instituição realiza um bloqueio dos recursos na conta sob suspeita. Se comprovada a fraude, a devolução de parte ou da totalidade dos recursos é feita para a vítima”, explica Villar.

Cuidados ao usar

Segundo Leandro Benincá, head de educação financeira da Controlle, apesar das pessoas acharem que a maior vulnerabilidade em relação ao Pix é referente a tecnologia, o que mais acontece são golpes de engenharia social.

“As pessoas acham que alguém vai roubar e invadir nosso celular  ou que vão hackear as nossas contas, mas o problema mais comum é o do próprio usuário dar o seu acesso aos bandidos, por engenharia social. Essa ação criminosa é feita por golpes de convencimento”, destaca.

A especialista em Meios de Pagamento do Ailos ainda reforça que para compras online, o principal é ter certeza que está comprando de uma empresa confiável. Não acessar links suspeitos, desconfiar de ofertas muito vantajosas e sempre confirmar se o CNPJ está correto antes de enviar a transação.

“Como o Pix já virou um hábito, às vezes deixamos de confirmar se o destinatário e o valor estão corretos, e isso pode causar bastante incômodo. Por isso a atenção ao realizá-lo é a principal dica de cuidados a se tomar. Além disso, criar uma rotina de revisão dos limites transacionais e mantê-los adequados à necessidade pode evitar maiores problemas”, completa.

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