Empresas

Americanas: lista de credores tem quase 8 mil nomes e dívida de R$ 41,235 bilhões

A empresa entregou o documento hoje na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Deustche Bank tem débitos a receber de R$ 5,2 bilhões, maior instituição financeira credora

Fachada das Lojas Aamericanas
BTG, Bradesco e Safra são alguns dos credores. Foto: Adobe Stock

O caso Americanas teve mais um capítulo nesta quarta-feira, 25/01, com a entrega à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro da lista de credores da companhia. O documento, cujo prazo de envio vencia às 06h da manhã, lista 7.720 credores e débitos totais de R$ 41.235.899.286,62.

A relação de credores está dividida em quatro categorias que incluem pessoas físicas, jurídicas e entes federados. A primeira – que soma R$ 64,8 milhões e 321 nomes – se refere à classe trabalhista. A segunda – identificada como ‘dívidas com terceiros’ – tem débitos de R$ 41 milhões e 6.438 nomes. A terceira – com dívidas de R$ 109,4 milhões e 958 nomes – pertence à classe de microempresas e empresas de pequeno porte. E a última – chamada de extraconcursal (Estados, municípios e órgãos públicos) – débitos de R$ 4,7 milhões e 250 nomes.

A Americanas também apresentou na petição a relação nominal de todos os seus credores. O principal débito pendente com uma instituição financeira é com o Deustche Bank que soma mais de R$ 5,2 bilhões (US$ 1 bilhão). Seguido do Bradesco no valor de R$ 4,5 bilhões, Santander Brasil (R$ 3,6 bilhão), BTG (R$ 3,5 bilhões), Votorantim (R$ 3,2 bilhão) e Itaú (R$ 2,7 bilhões), Safra (R$ 2,5 bilhão) e Banco do Brasil (R$ 1,3 bilhão).

+ Entenda a crise que levou a Americanas à recuperação judicial em 8 dias

À subsidiária JSM Global, responsável pela emissão de bônus da companhia no mercado internacional, a dívida soma R$ 3,4 bilhões. Outro valor expressivo é a dívida com a B2W Lux no total de R$ 3,2 bilhões. A empresa atua como marketplace da Americanas.

Entre os fornecedores, se destacam as dívidas em duas categorias: eletrônicos e alimentos. Na primeira, os destaques ficam com a Samsung (R$ 1,2 bilhão), Apple (R$ 98,6 milhões), Multilaser (R$ 56,9 milhões), Positivo (R$ 56,6 milhões) e Whirlpool (dona de Brastemp e Consul) com R$ 43,6 milhões. Na segunda estão Nestlé Brasil (R$ 259,3 milhões), Bauducco (R$ 96,5 milhões), e a fabricante de chocolates Mondelez (R$ 93 milhões).

No grupo de negócios, a Ame Digital, carteira de serviços e pagamentos financeiros da companhia, um dos maiores braços de operação da varejista, são R$ 974,8 milhões.

+ Americanas: entenda o que é a recuperação judicial

+ Varejo: como o caso Americanas interfere na perspectiva do setor para 2023

No documento entregue a Justiça, a dívida do banco BV é de R$ 13 mil. No entanto, em nota divulgada hoje, a instituição informou que a informação não reflete sua real exposição à Americanas. Disse ainda que já informou os valores dos créditos de sua titularidade via notificação extrajudicial e vai reiterar a informação, nos autos do processo, requerendo a imediata correção dos valores.

“Em 11 de janeiro, data de divulgação do Fato Relevante no qual a Americanas reconheceu suas inconsistências contábeis, o banco BV era credor de Cédulas de Crédito Bancário devidas pela Americanas com saldo devedor de aproximadamente R$ 206 milhões (CCBs BV)”.

Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.

Sobre nós

O Bora Investir é um site de educação financeira idealizado pela B3, a Bolsa do Brasil. Além de notícias sobre o mercado financeiro, também traz conteúdos para quem deseja aprender como funcionam as diversas modalidades de investimentos disponíveis no mercado atualmente.

Feitas por uma redação composta por especialistas em finanças, as matérias do Bora Investir te conduzem a um aprendizado sólido e confiável. O site também conta com artigos feitos por parceiros experientes de outras instituições financeiras, com conteúdos que ampliam os conhecimentos e contribuem para a formação financeira de todos os brasileiros.