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Estimativa de inflação volta a subir e atinge 5,98% neste ano, aponta Focus

IPCA segue bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central para 2023, que é de 4,75%. É o que aponta o Boletim Focus, divulgado nesta segunda

A proposta do novo arcabouço fiscal do governo, que chega ao Congresso Nacional nesta semana, ainda não baixou as expectativas de inflação. Nem mesmo as declarações positivas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ajudaram o mercado a dar algum indicativo de melhora no IPCA, índice que mede a inflação oficial do país.

Pela segunda semana seguida, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2023 de 5,96% para 5,98%. Os dados foram publicados nesta segunda-feira, 10/04, no boletim Focus do Banco Central. O resultado segue acima do teto de meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o valor de 4,75%.

Para 2024, a projeção de inflação subiu de 4,13% para 4,14% na semana passada; para 2025, ficou em 4%. A estimativa de inflação segue superior à meta do BC, de 3% para os dois anos. O aumento na expectativa do IPCA no curto prazo reflete nos dados do médio prazo, o que torna o ambiente mais desafiador para a política monetária.

O Focus é publicado todas as segundas-feiras e divulga as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Foram ouvidas pelo Banco Central mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor corrigir ou confirmar estratégias no mercado de ativos.

Selic

Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, em 12,75% ao ano. A projeção do Boletim Focus ficou estável mesmo ante a sinalização do Copom de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.

No fim de 2024, a estimativa para a taxa de juros básica da economia ficou estável em 10% ao ano; e 9% em 2025.

PIB

A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) voltou a subir na semana passada de 0,9% para 0,91%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período e serve para medir a evolução da economia,

Para 2024, no entanto, a previsão de crescimento da economia brasileira recuou de 1,48% para 1,44%. Para 2025, caiu de 1,80% para 1,76%.

No ano passado, o país cresceu 2,9%, após encolher 0,2% no quarto trimestre ante o terceiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no início de março.

Dólar

A estimativa para a moeda americana no fim de 2023 permaneceu em R$ 5,25. Para o fim de 2024, caiu de R$ 5,30 para R$ 5,27. Para 2025, permaneceu em R$ 5,30.

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