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Estresse global e incertezas políticas derrubam Ibovespa

Bolsa do Brasil (B3) encerrou em baixa de 0,85% aos 102.855 pontos. Na semana, o Ibovespa perdeu 4,34%. Dólar fechou em queda, cotado a R$ 5,29

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Índices de ações: índices futuros em Nova York registram quedas no começo da sessão. Foto: Adobe Stock

A semana termina com incertezas diante da PEC da Transição, da Lei das Estatais e da votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as emendas de relator – o chamado orçamento secreto. No exterior, o péssimo humor dos mercados veio diante da alta dos juros nas economias desenvolvidas que deve se manter por mais tempo.

A Bolsa do Brasil (B3) fechou o pregão desta sexta-feira, 16/12, em queda de 0,85%, aos 102.855 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 4,34%. Na mínima, o índice bateu nos 102.248 pontos. As maiores baixas vieram das ações de empresas de varejo – mais sensíveis aos juros. Os papéis ordinários do Magazine Luiza (MGLU3) afundaram 9,58%; e Americanas (AMER3) caíram 7,88%.

O dia negativo na cotação das commodities – setor com mais peso na formação do índice brasileiro – puxou os papéis ordinários da Vale (VALE3) para uma queda de 1,84%. Na contramão ficaram as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) que avançaram 4,67%.

O dólar comercial fechou em queda de 0,40% ante o real nesta sexta-feira, em movimento que destoou do exterior. A moeda americana encerrou cotada a R$ 5,29. Na semana, dólar subiu 0,93%.

Os projetos do governo federal seguem sem definição no Congresso Nacional diante do compasso de espera da decisão do STF sobre as emendas de relator. Os parlamentares aguardam se o julgamento do orçamento secreto é ou não inconstitucional. Na segunda-feira, o Supremo deve retomar as discussões. Até ontem, havia cinco votos a favor da derrubada da destinação das emendas de relator para criação de novas despesas, e quatro contra. Faltam os votos dos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

No exterior, as perdas no mercado financeiro pelo segundo dia consecutivo refletem o tom mais duro dos bancos centrais europeus e o Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos. As autoridades monetárias voltaram a subir juros nesta semana, apesar de uma leve desaceleração no aperto.