F1: GP de São Paulo movimentará R$ 2,2 bilhões e supera faturamento de grandes empresas
O gasto médio por turista no GP de São Paulo subiu de cerca de R$ 930 em 2004 para mais de R$ 4,6 mil no ano passado, segundo dados da SPTuris
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O Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 (GP de São Paulo), que será disputado entre 7 e 9 de novembro de 2025 no Autódromo de Interlagos, deve gerar um impacto econômico estimado de R$ 2,2 bilhões, segundo dados da SPTuris.
O valor supera o resultado de 2024, quando o evento movimentou cerca de R$ 1,96 bilhão, e reforça o peso econômico da corrida na agenda de eventos da cidade.
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Esse montante coloca o GP de São Paulo em um patamar comparável ao faturamento trimestral de grandes empresas listadas em bolsa. A GOL Linhas Aéreas, por exemplo, registrou receita líquida de aproximadamente R$ 4,8 bilhões no segundo trimestre de 2025 – o impacto econômico da Fórmula 1 equivale a mais de 40% desse valor. A Smart Fit no mesmo período, teve receita de cerca de R$ 1,8 bilhão, o que significa que o evento supera em mais de 20% o faturamento trimestral da rede de academias.
O impacto bilionário é explicado pelo crescimento de público, pela diversificação dos visitantes e pelo aumento do gasto médio por pessoa. Em 2024, cerca de 292 mil pessoas passaram por Interlagos durante os três dias do evento.
A edição de 2025 deve atrair número semelhante ou maior, com 15% de estrangeiros entre os espectadores. O gasto médio por turista subiu de cerca de R$ 930 em 2004 para mais de R$ 4,6 mil no ano passado, de acordo com dados da SPTuris.
Além do turismo, a Fórmula 1 movimenta cadeias de hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento.
A rede hoteleira da capital costuma operar próxima da lotação máxima, com aumento expressivo nas diárias durante o fim de semana da corrida. Restaurantes e bares também registram alta de consumo, e o setor de transporte por aplicativo e locação de veículos tem forte expansão de demanda.
Outro fator que ajuda a explicar o crescimento econômico do GP é a transformação do perfil do público.
Relatórios do próprio evento indicam aumento na presença de mulheres e jovens: a proporção feminina subiu e faixas etárias mais jovens também cresceram. Essa mudança amplia o alcance da Fórmula 1 e tem impulsionado marcas e patrocinadores a diversificarem suas estratégias de marketing.

“Os números mostram o quanto a F1 se consolidou e também se renovou ao longo dos anos. Embora o público predominante continue sendo da faixa dos 30 a 39 anos, há uma presença crescente tanto de pessoas acima dos 50 anos quanto de jovens. Em 2024, por exemplo, o grupo de 25 a 29 anos já representa quase 24% do público, e somado aos de 18 a 24 anos, ultrapassa 40%, mostrando que a nova geração também está cada vez mais conectada ao evento”, afirma o presidente da SPTuris, Gustavo Pires.
A venda de ingressos também reflete a força da demanda. As entradas para a corrida estão praticamente esgotadas. Os preços variam entre R$ 300 e até quase R$ 20 mil, dependendo do setor e dos serviços incluídos.
O contrato atual entre a prefeitura e a organizadora da categoria vai até 2030, e o autódromo recebeu cerca de R$ 500 milhões em investimentos públicos e privados nos últimos anos, destinados à modernização da pista e das instalações.
*Matéria publicada originalmente em IstoÉ Dinheiro
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