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Focus: Mercado mantém mesmas previsões para alta do IPCA de 2023 a 2026

Segundo relatório semanal do BC, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 2,89% para 2,92%, contra 2,31% há um mês.

Vendedores e frequentadores na Feira da Ceilândia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A alta veio após três deflações seguidas em julho, agosto e setembro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As expectativas inflacionárias do país ficaram estáveis no Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central do Brasil com o resumo das expectativas de mercado a respeito de alguns indicadores da economia brasileira. A projeção para a inflação oficial em 2023 seguiu em 4,86%. Um mês antes, a mediana era de 4,90%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção também permaneceu em 3,86%. Há um mês, era de 3,87%.

Considerando somente as 93 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,84% para 4,85%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,83% para 3,88%, considerando também 93 atualizações no período.

Para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50%, mesmo número de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, também houve manutenção da estimativa em 3,50%. Há um mês, a mediana também era de 3,50%.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana supera o teto da meta (4,75%) e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

Na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro, o BC divulgou projeção de 3,5% para o IPCA de 2024. Para 2025, ficou em 3,1% no modelo. Para 2023, a projeção é de 5,0%.

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Selic em 11,75% até o fim do ano

Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa para taxa Selic no fim de 2023 foi mantida em 11,75% pela sétima semana consecutiva no Boletim Focus.

A mediana para a Selic no encerramento deste ano acompanha a sinalização dada pelo Copom, de que seguirá no ritmo de corte de juro em 0,50 ponto porcentual, como ocorreu nas reuniões de agosto e setembro, com a tendência de continuidade caso o cenário permaneça assim. Atualmente, o juro básico da economia está em 12,75% ao ano.

Considerando apenas as 76 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 seguiu em 11,75%.

Para o término de 2024, a mediana se manteve em 9,00%. Há um mês, a estimativa já era de 9,00%.

A decisão de setembro do Copom convergiu para a aposta do mercado de corte de 0,50 ponto porcentual. Desta vez, a decisão foi unânime. Com a nova baixa, o País finalmente deixou a liderança global dos juros reais (descontada a inflação) – foco das críticas do governo, de políticos em geral e de empresários.

O Boletim Focus ainda mostrou que as projeções para a Selic no fim de 2025 e de 2026 continuaram em 8,50%, mesma mediana de quatro semanas atrás.

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Projeção de PIB sobe de 2,89% para 2,92%

Ainda na esteira de surpresas positivas com a atividade econômica, o Boletim Focus divulgado hoje trouxe melhora na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 2,89% para 2,92%, contra 2,31% há um mês. Considerando apenas as 60 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,90% para 2,96%.

Para 2024, o Relatório Focus manteve a estimativa de crescimento do PIB, de 1,50%, ante 1,33% de um mês atrás. Considerando apenas as 59 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,46% para 1,50%.

Em relação a 2025, a mediana passou de 1,95% para 1,90%, mesma projeção de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesma estimativa de um mês atrás.

*Informações da Agência Estado