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Haddad diz não ver risco de recessão no Brasil com guerra tarifária

“A minha expectativa é que nós vamos ter novos capítulos desse confronto nas próximas e possivelmente o quadro vai mudar", disse o ministro

Com ISTOÉ Dinheiro

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou os efeitos possíveis da guerra tarifária entre Estados Unidos e China sobre o Brasil. “Eu não vejo risco de recessão no Brasil. Obviamente que nós estamos olhando a situação atual e nós temos que observar como as tensões geopolíticas vão se acomodar”, disse.

Haddad não acredita que as tarifas criadas por ambos os países irão se manter. “É algo que desorganizaria demais as cadeias produtivas globais, em se tratando de economias que respondem por quase metade do PIB mundial”, lembrou.

“A minha expectativa é que nós vamos ter novos capítulos desse confronto nas próximas e possivelmente o quadro vai mudar.” O ministro não descartou no entanto impactos negativos da disputa entre as duas grandes potências.

A fala ocorreu durante evento promovido pela CNN Brasil nesta quarta-feira, 23. O ministro disse ainda que o crescimento brasileiro registrado em 2025 parece menor do que nos dois anos anteriores devido a impactos da inflação e da desvalorização cambial.

Haddad manteve previsão apresentada anteriormente de que a economia brasileira deve crescer em torno de 2,5% em 2025, um pouco abaixo de anos anteriores, em desaceleração que ele atribuiu à elevação de juros pelo Banco Central para conter a inflação. A estimativa oficial da Fazenda é de crescimento de 2,3% para este ano.

Segundo o FMI, o risco de o mundo enfrentar um cenário recessivo neste ano passou de 17% para 30% devido à guerra tarifária. Em relação ao Brasil, o órgão prevê um crescimento de 2%, mesma estimativa do Boletim Focus, que reúne as projeções dos principais agentes do mercado financeiro no país.

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