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Ibovespa avança com indicações para BC e com apoio de Vale e Petrobras; dólar fecha a R$6

Depois de iniciar o dia no campo negativo, o Ibovespa reverteu o movimento com indicações para a diretoria do BC

Depois de iniciar o dia no campo negativo, o Ibovespa obteve suporte para reverter o movimento e incrementar a alta no fim da sessão desta sexta-feira (29), com uma repercussão mais positiva da indicação para a diretoria de política monetária do Banco Central. O índice fechou o pregão com avanço de 0,85%, aos 125.668 pontos, oscilando entre os 123.946 pontos e os 126.056 pontos. No acumulado da semana, o índice recuou 2,68%. Já no fechamento do mês, o Ibovespa caiu 3,12%.

Dois movimentos ajudaram a promover um alívio nos prêmios de risco a partir da tarde de hoje. O primeiro ajuste veio com as declarações dos presidentes da CâmaraArthur Lira (PP-AL), e do SenadoRodrigo Pacheco (PSD-MG), que reforçaram o compromisso do Congresso com as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo e que citaram que a discussão sobre ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda a ganhos de até R$ 5 mil pode ser jogada para frente.

Na sequência, a indicação de Nilton David para a diretoria de política monetária do Banco Central ajudou a descomprimir uma parte dos prêmios de risco. A escolha de um nome técnico foi vista como positiva por agentes financeiros.

A subida mais expressiva das ações da Petrobras e da Vale também ajudou a incrementar os ganhos do Ibovespa ao longo da sessão. Os papéis da mineradora fecharam o dia com alta de 2,17%, a R$ 58,78, enquanto os PN da petroleira subiram 0,80%, a R$ 38,90, e as ON avançaram 2,08%, a R$ 42,62.

O destaque entre as maiores altas ficou por conta dos papéis da Minerva, que subiram 7,54%, a R$ 5,85. Já a maior perda foi registrada pelas ações do Carrefour, que caíram 4,90%, a R$ 6,40.

O volume financeiro do índice no dia foi de R$ 25,8 bilhões e de R$ 34,0 bilhões na B3. O desempenho do Ibovespa ocorreu em linha com o visto nos índices americanos: o Nasdaq subiu 0,83%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones tiveram alta 0,56% e a 0,42%, nessa ordem.

Dólar

dólar à vista disparou mais uma vez por conta do estresse fiscal, com a moeda americana batendo R$ 6,11 pela manhã. O que conteve a piora da moeda brasileira foram comentários dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicando que a isenção de Imposto de Renda só deve ocorrer se houver se não prejudicar as contas públicas. Comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na mesma linha também teriam ajudado a atenuar a dinâmica observada pela manhã.

Em dia de formação de Ptax de fim de mês e com o temor local, a sessão começou marcada pela volatilidade elevada do câmbio. No fim do pregão, o dólar à vista registrou alta de 0,19%, cotado a R$ 6,0005. A moeda renovou o recorde de fechamento diário pela terceira vez seguida. A mínima do dia foi de R$ 5,9564, e a máxima, de R$ 6,1156 — novo recorde intradiário.

O encerramento da sessão também marcou o fim do mês de novembro. No período, o câmbio teve valorização de 3,79% do dólar frente ao real. Até terça-feira, o real apresentava um dos melhores desempenhos de novembro, da relação das 33 moedas mais líquidas, ao lado do iene japonês, do sol peruano e do peso colombiano. Desde quarta-feira, no entanto, o real sofreu forte depreciação e passou a registrar o terceiro pior desempenho do mês, atrás apenas do florim húngaro e do rublo russo.

Bolsas de Nova York

Os índices acionários em Nova York encerraram o pregão em alta e registraram o melhor mês em um ano. O otimismo em Wall Street teve sequência após a indicação de Scott Bessent para o cargo do secretário do Tesouro americano no início da semana e recebeu apoio do recuo dos rendimentos dos Treasuries. O dia de negócios foi mais curto hoje devido à Black Friday, nos Estados Unidos.

O S&P 500 avançou 0,56%, a 6.032,38 pontos; o Dow Jones teve alta de 0,42%, aos 44.910,65 pontos; e o Nasdaq subiu 0,83%, a 19.218,17 pontos.

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