Imposto de renda

Reforma do IR: trabalhador terá ganho extra de até R$ 4 mil por ano; veja simulações

Para compensar isenção, reforma prevê que ganhos com lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês terão alíquota de até 10%

Com ISTOÉ Dinheiro

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O trabalhador que tem renda até R$ 5 mil por mês poderá economizar até R$ 4 mil por ano, ou quase um salário extra, com imposto de renda (IR) com as novas regras estabelecidas no projeto de reforma do IR aprovado na quarta-feira, 1º, pela Câmara dos Deputados e que aguarda análise no Senado.

Isso porque a reforma do IR isenta aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Com o novo teto, o governo aponta que 10 milhões de trabalhadores passam a ter isenção de IR, totalizando 15 milhões de isentos de imposto de renda. Atualmente, quem ganha até dois salários mínimos, ou R$ 3.036, tem isenção de imposto.

Além da isenção para rendas de até R$ 5 mil, haverá redução de imposto de renda para ganhos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. E a partir de R$ 7.351, nada muda, passam a incidir as alíquotas progressivas existentes atualmente de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

A pedido de IstoÉ Dinheiro, a especialista em Direito Tributário Bárbara Guarinão, da Lewandowski Libertuci Advogados, fez uma simulação de quanto será a economia anual de acordo com as faixas de renda. Na economia anual, considera-se o 13º salário. Os valores são todos em reais.

Veja o tamanho da economia com as novas regras do IR

Isenção x nova tributação

Para compensar a isenção para um grupo maior de contribuintes, a reforma do IR prevê que ganhos com lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil no ano, de mesma fonte pagadora, terão alíquota progressiva até atingir 10%. Assim, ganhos a partir de R$ 100 mil mensais ou R$ 1,2 milhão por ano, terão uma alíquota de 10%.

O governo estima que essa faixa maior de renda seja composta por um grupo de 141,4 mil brasileiros – ou 0,13% do total de contribuintes e 0,06% da população do país. Segundo o governo, essas pessoas pagam hoje uma alíquota efetiva média de imposto de renda de apenas 2,54%.

Para assalariados com renda acima de R$ 50 mil nada muda, seguem pagando a alíquota mais alta de IR, de 27,5%. A mudança para as faixas mais altas de renda, dos super-ricos, está na tributação de ganhos com lucros e dividendos, até então, isentos de IR.

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