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Indicadores mostram recuperação na economia europeia; EUA ainda patina

Na zona do Euro, a indústria e o setor de serviços mostram tendência de recuperação para 2023. Nos EUA, índices melhoram, mas seguem em território negativo

Euro e dólar. Foto: Adobe Stock
O objetivo dos números é orientar os investidores sobre as tendências para a economia dos países. Foto: Adobe Stock

A Europa e os Estados Unidos divulgaram nesta terça-feira, 24/01, os índices gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) que medem a atividade econômica no setor industrial e de serviços mensalmente. O objetivo dos números é orientar os investidores sobre as tendências para a economia dos países. Quando o PMI fica acima de 50 pontos indica que há expansão na atividade, caso contrário, retração.

Nos Estados Unidos, o PMI Composto – que mede a atividade empresarial no país – avançou para 46,6 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 45 em dezembro. O resultado mostra uma expectativa de contração, embora os índices de serviços (44,7 para 46,6) e indústria (46,2 para 46,8) tenham tido uma melhora.

O economista-chefe da S&P Global Market Intelligence, Cris Williamson, afirmou que a preocupação com os números se dá especialmente diante da inflação ainda em patamares elevados, o que pode pressionar o Federal Reserve (Fed) – banco central americano – a um aperto monetário mais agressivo.

“Não só a pesquisa indicou uma desaceleração da atividade econômica no início do ano, mas a taxa de inflação de custo de insumos acelerou no ano novo – ligadas em parte a pressões salariais ascendentes. Isso poderia encorajar um aperto mais agressivo do Fed apesar dos crescentes riscos de recessão”, afirmou em nota o responsável pela pesquisa. 

Sinais de recuperação na zona do Euro

Os indicadores da atividade econômica na zona do Euro deram sinais de recuperação no início de 2023, após sete meses de declínio. O PMI ficou em 50,2 em janeiro, alta em relação ao mês anterior (49,3), segundo a S&P Global.

A melhora se dá diante da redução nos temores em relação ao fornecimento e preço da energia – em queda desde outubro – além da reabertura da China, após o arrefecimento da política de ‘Covid-Zero’. A melhora nas cadeias de produção, traz sinais de recuperação das expectativas. No entanto a região não está totalmente livre de uma inflação elevada, explica o economista-chefe da S&P Global Market Intelligence

“A região ainda não está totalmente fora de perigo. A alta na taxa de inflação dos preços de venda de bens e serviços, pode encorajar uma pressão na política monetária. A defesa de taxas de juros mais altas é alimentada ainda mais pela retomada do crescimento do emprego e pelos sinais de salários mais altos – que levaram à mais recente elevação dos preços”, afirma Cris Williamson.

Reino Unido na contramão da zona do Euro

No Reino Unido, o PMI composto caiu para 47,8 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 49 em dezembro – o que aponta para uma retração na atividade. O resultado aumenta o risco de uma recessão diante do avanço do custo de vida e das taxas de juros.

“Embora a taxa de declínio permaneça modesta, há ventos contrários da crise do custo de vida e aperto da política monetária, cujo impacto está se tornando cada vez mais evidente”, conclui o economista-chefe da S&P Global.

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