Inflação medida pelo IGP-DI acelera para 0,83% em julho, acima das expectativas
No varejo, passagens aéreas e gasolina aceleraram inflação em julho
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,83% em julho, após uma elevação de 0,50% em junho, divulgou a Fundação GetUlio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 0,55% e 0,80%, com mediana positiva de 0,68%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
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Com o resultado, o IGP-DI acumulou variação positiva de 1,95% no ano. Em 12 meses, houve avanço acumulado de 4,16%.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 0,93% em julho, ante uma alta de 0,55% em junho. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,54% em julho, após aumento de 0,22% em junho. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,72% em julho, depois de 0,71% em junho.
Passagens aéreas e gasolina pressionam inflação no varejo
De acordo com a FGV, embora os alimentos tenham registrado queda de preços em julho, os aumentos nas passagens aéreas (21,20%) e na gasolina (2,90%) aceleraram a inflação no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,22% em junho para uma elevação de 0,54% em julho.
Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Educação, Leitura e Recreação (de -0,75% em junho para 3,48% em julho), Transportes (de 0,19% para 1,09%), Habitação (de 0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (de 0,44% para 1,84%) e Comunicação (de -0,08% para 0,11%). As principais contribuições partiram dos itens: passagem aérea (de -4,81% para 21,20%), gasolina (de 0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,30% para 2,24%), serviços bancários (de 0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,36% para 1,39%).
Na direção oposta, a taxa foi mais branda nos grupos Alimentação (de 0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para -0,01%) e Vestuário (de 0,36% para -0,21%). Houve influência dos itens hortaliças e legumes (de 1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,44% para -1,03%) e roupas (de 0,33% para -0,40%).
*Agência Estado
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