Notícias

IPCA-15: Prévia da inflação fica em 0,64% em março e atinge 5,26% em 12 meses

Destaque para inflação do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%) e do café moído (8,53%)

Com ISTOÉ Dinheiro

A ISTOÉ Dinheiro é uma plataforma de informação sobre economia, negócios, finanças, tecnologia e investimentos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), também chamado de prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,64% em março, depois de saltar 1,23% em fevereiro, divulgou nesta quinta-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, a taxa no acumulado em 12 meses subiu para 5,26%, contra 5,06% nos 12 meses até janeiro. Em março de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,36%.

O resultado veio um pouco melhor que o esperado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,70 por cento para o período.

Vilões do mês

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram aumento em março, com destaque para o grupo Alimentação e bebidas, com a maior variação (1,09%) e impacto de 0,24 ponto percentual (p.p.) na taxa do mês.

Entre as maiores altas no mês, destaque para o aumento nos preços do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%) e do café moído (8,53%).

O grupo dos Transportes (0,92%) também exerceu forte influência no índice geral. Nos combustíveis, houve alta nos preços do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%), da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%).

O grupo Habitação desacelerou para 0,37% em março. Neste mês, o resultado da energia elétrica residencial ficou em 0,43%.

Os outros grupos registraram os seguintes resultados: Despesas pessoais (0,81%), Saúde e cuidados pessoais (0,35% ), Comunicação (0,32%), Educação (0,07%) e Artigos de residência (0,03%).

Meta de inflação e Selic

O centro da meta perseguida pelo Banco Central para 2025 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

As projeções do banco Central apontam para uma inflação acumulada em 12 meses na faixa de 5,5% e 5,6% nos três primeiros trimestres deste ano, caindo para 5,1% no final do ano, segundo relatório publicado nesta quinta.

A meta contínua de inflação prevê que o BC se explique e apresente um plano de trabalho para a convergência da inflação após seis meses contínuos de rompimento dos limites da meta, o que deve ocorrer em junho deste ano.

Para o BC, ao fim de 2025, a chance de a inflação estourar o teto da meta é de 70%, contra 50% antes. Para 2026, a chance foi estimada em 28%, ante 26%.

O BC também reiterou nesta quinta mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de magnitude menor do que 1 ponto percentual na reunião de maio. A Selic está atualmente em 14,25% ao ano.

“As métricas de serviços têm mostrado alguma melhora, mas seguem em patamares muito elevados, isso deveria causar desconforto no BC, mas não acho que será suficiente para mudar os planos com relação ao fim do ciclo de alta de juros em junho’, avaliou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.