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Mercado financeiro hoje: balanços locais e dados fiscais em dia de decisão de BCE e Powell

Saem também dados de inflação, o resultado das contas do setor público consolidado de janeiro e a Petrobras publica balanço do quarto trimestre

Fonte: Pixabay
Câmbio

Nesta quinta-feira, 07/03, as atenções nos mercados ficam na decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e na coletiva com a presidente, Christine Lagarde, além da volta do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, ao Congresso para audiência no Senado. Ainda a dirigente de Cleveland do Fed, Loretta Mester, e indicadores dos EUA serão acompanhados durante os negócios.

Na agenda local, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, fala em evento do Goldman Sachs e os resultados do Novo PAC Seleções para saúde, educação e infraestrutura social serão apresentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Saem também dados de inflação, o resultado das contas do setor público consolidado de janeiro e a Petrobras publica balanço do quarto trimestre no início da noite em meio à forte expectativa pelo volume de dividendos da estatal.

Mercado externo

O setor financeiro também está no radar em Wall Street, após resgate do problemático banco regional New York Community Bancorp (NYCB). Os mercados na Europa são pressionados adicionalmente pela decepção com as encomendas à indústria na Alemanha em janeiro.

Os rendimentos dos Treasuries oscilam perto da estabilidade, sem direção unica, após os de longo prazo caírem na sessão anterior, quando Powell sinalizou em depoimento à Camara dos Representantes o plano de corte de juros em 2024, mas disse que o Fed ainda busca evidências de que o índice de preços está migrando à meta “de maneira sustentável”, chancelando a expectativa majoritária no mercado de início de corte de juros em junho.

+ Treasuries: o que são e como investir nos títulos do Tesouro americano

Para o BCE, os analistas projetam manutenção nos juros e esperam que Christine Lagarde dê pistas mais claras sobre as condições para o início do afrouxamento monetário, e possivelmente reconhecerá que houve debates sobre quando acontecerá o primeiro corte.

Na China, o mercado de ações caiu por preocupações renovadas sobre sanções dos EUA a empresas chinesas e de Hong Kong, ficando em segundo plano os dados de exportação da China melhores do que o esperado e a sinalização de que Pequim voltará a reduzir a taxa de compulsório bancário, antecipados ontem.

Dados Brasil

Por aqui, os investidores vão analisar os dados de inflação e fiscais. Para o IGP-DI, o mercado espera deflação de 0,37% em fevereiro, após retração de 0,27% em janeiro, apurou o Projeções Broadcast. Para o setor público consolidado, a mediana é de superávit primário de R$ 98,30 bilhões em janeiro, após déficit de R$ 129,573 bilhões em dezembro. Para 2024, a mediana indica déficit primário de R$ 77,30 bilhões, após saldo negativo de R$ 249,124 bilhões em 2023, lembrando que a meta do governo é de déficit zero neste ano.

Estudo feito pela consultoria de Orçamento da Câmara indica que o governo terá de bloquear R$ 41 bilhões em despesas públicas na primeira revisão do ano, em 22 de março, caso mantenha firme o objetivo de chegar à meta de déficit zero, prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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