Mercado financeiro hoje: cautela no mercado externo com China e Fed
Nos próximos dias são esperados o CPI da Alemanha, PIB final dos EUA do 2º trimestre, e discurso do presidente do FED, além de indicadores da Europa
A última semana de setembro é de agenda intensa, com ata do Comitê de Política Monetária (Copom), IPCA-15 de setembro e Relatório Trimestral de Inflação (RTI) em destaque no Brasil. Hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da palestra “Caminhos para Retomada do Desenvolvimento Econômico”, na FGV, em São Paulo.
Lá fora, a presidente do BCE, Christine Lagarde, testemunha hoje no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu. Nos próximos dias são esperados o CPI da Alemanha, PIB final dos EUA do 2º trimestre, e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, PIB do Reino Unido, vendas no varejo da Alemanha e CPI da zona do euro.
Cautela no mercado externo
Após perdas robustas das bolsas de Nova York na semana passada, os índices futuros operam sem fôlego e apontam hoje para possível continuidade de queda, em meio à perspectiva de que os juros nos EUA permaneçam em níveis elevados por mais tempo do que se imaginava.
A Oxford Economics espera que os EUA entrem em leve recessão em 2024 em meio à política monetária restritiva. Na Europa, as bolsas mostram cautela mais acentuada diante também preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário da China. As ações da Evergrande levaram um tombo de quase 22%, após a incorporadora chinesa anunciar que está impossibilitada de emitir novos títulos devido a uma investigação sobre uma de suas afiliadas.
+ Por que o setor imobiliário chinês está em crise?
Mais cedo foi revelado que o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha caiu levemente em setembro, a 85,7 pontos, ante 85,8 pontos em agosto, superando a expectativa de analistas de queda de 85 pontos. No Japão, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda , disse que a inflação no país parece ainda não estar alcançando a meta de inflação estipulada pela autoridade monetária, de 2%.
Brasil de olho no cenário fiscal
A postura defensiva dos mercados internacionais tende a afetar os negócios locais nesta segunda-feira, uma vez que a agenda local ganha tração a partir de amanhã, com a ata do Copom e IPCA-15 de setembro.
Além dos temores com cenário de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos e outras economias, o investidor deve seguir cauteloso de olho no cenário fiscal e na viabilidade de o governo cumprir a meta de déficit fiscal zero em 2024.
Ao mesmo tempo em que o governo enfrenta desaceleração da arrecadação, há pautas-bombas no Congresso que ameaçam aumentar os gastos em até R$ 88,5 bilhões aos cofres federais. As medidas incluem benesses para Estados e municípios em crise, além da retomada de bondades antigas para o setor produtivo, como a atualização dos limites do Super Simples.
Na última sexta-feira, 22/09, o Ibovespa fechou em baixa de 0,12%, a 116.008,64 pontos. Da mesma maneiram na semana, o resultado foi negativo, com perda de 2,31%. Por outro lado, no ano, o Ibovespa registra alta: 5,72%. Já o dólar fechou em queda de 0,05% em relação ao real, cotado a R$ 4,9325.
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