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Mercado prevê inflação mais alta em 2023, mas estima melhora do PIB

IPCA deve fechar o ano em 6,04%, bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central de 4,75%. PIB pode chegar a quase 1%, aponta boletim Focus do BC

Pela quarta semana consecutiva, os economistas do mercado financeiro elevaram a projeção da inflação para 2023. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 6,01% para 6,04%. É o que aponta o boletim Focus, do Banco Central (BC), publicado nesta segunda-feira, 24/04.

O resultado da estimativa do BC para a inflação oficial do país segue bem acima do teto de meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo valor é de 4,75%. O novo aumento foi lido pelos economistas como uma piora da expectativa para os preços no segundo semestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro, o IPCA em 12 meses ficou em 4,65%.

Para 2024, a projeção de inflação ficou estável em 4,18% na semana passada; para 2025, estagnou em 4%. A estimativa de inflação segue superior à meta do BC, de 3% para os dois anos.

O Focus é publicado todas as segundas-feiras e divulga as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Foram ouvidas pelo Banco Central mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor corrigir ou confirmar estratégias no mercado de ativos.

PIB

As previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano voltaram a subir e foram de 0,90% para 0,96%. A leitura dos economistas é de surpresa diante desse resultado, por conta da inflação ainda em patamares elevados. Segundo os analistas, uma economia mais forte pode ajudar no resultado primário (diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta), ainda que a expectativa no médio prazo para as contas públicas seja negativa após a entrega da nova regra fiscal ao Congresso.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período e serve para medir a evolução da economia. No ano passado, o país cresceu 2,9%, após encolher 0,2% no quarto trimestre ante o terceiro, segundo o IBGE. O resultado do PIB no primeiro trimestre de 2023 será divulgado no dia 01º de junho.

Para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira subiu de 1,40% para 1,41%. Para 2025, desaceleração da alta no PIB de 1,72% para 1,70%.

Selic

Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, em 12,50% ao ano. Hoje, o Selic está em 13,75% – maior patamar em seis anos.

Para o fim de 2024, a estimativa para a taxa de juros básica da economia ficou estável em 10% ao ano; e 9% em 2025.

Dólar

A estimativa para a moeda americana no fim de 2023 caiu de R$ 5,24, para R$ 5,20. Para o fim de 2024, caiu de R$ 5,26 para R$ 5,25.

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