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Mercado tem semana de fortes perdas com incertezas fiscais no centro das discussões

Bolsa do Brasil (B3) fechou em queda de 0,76% aos 108.870 pontos. O dólar comercial também ficou no negativo: menos 0,50%, a R$ 5,37

Balcão da b3 em frente a uma tela com gráficos.
Bolsa do Brasil (B3): lançados em 2021, já existem 33 fundos que investem no agronegócio listados na bolsa. Foto: Divulgação/B3

A semana no mercado financeiro foi para esquecer. Assim como nos últimos três dias, a Bolsa do Brasil (B3) fechou no vermelho ainda com as incertezas fiscais no foco. Os relatos de que o ex-ministro Fernando Haddad (PT) seria o favorito para comandar o ministério da Fazenda desagradou os investidores.

Pesou também as declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto de que a política fiscal do governo precisa convergir com a monetária. Sem essa harmonia, o BC pode reagir com elevação da taxa básica de juros (Selic).

O Ibovespa – que chegou a operar acima dos 111 mil pontos pela manhã – inverteu o sinal e fechou a sexta-feira, 18/11, em baixa de 0,76% aos 108.870 pontos. A queda no índice foi puxada pelas ações das empresas varejistas – muito sensíveis a alta dos juros. As ações ordinárias da Via (VIIA3) despencaram 7,88%; Magazine Luiza (MGLU3) derreteu 5,11%; e Americanas (AMER3) baixa de 4,67%.

No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subia de 14,15% para 14,35%; o DI para janeiro de 2025 passava de 13,57% para 13,73%; a do DI para janeiro de 2026 avançava de 13,37% para 13,50%.

No câmbio, o dólar comercial encerrou em queda, após dois dias seguidos de forte alta. A moeda americana fechou em baixa de 0,50%, a R$ 5,37, mas longe da mínima intradiária de R$ 5,32. Em novembro, o dólar acumula alta de 4,03%. No ano, ainda tem queda de 3,61%.