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Mercado vê alta maior do PIB em 2023 e reduz estimativa de inflação, diz Focus

Economia deve encerrar o ano com crescimento de 2,92%, mesmo com desaceleração no 3º trimestre. Expectativa para o IPCA foi de 4,54% para 4,51% no ano

Selic, PIB. Moedas e calculadora no celular. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O relatório Focus é publicado todas as segundas-feiras com as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A semana lotada em divulgações de índices econômicos brasileiros – como inflação, taxa básica de juros e atividade nos serviços e varejo – começou com uma melhora na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

O mercado elevou a projeção de avanço do PIB para 2,92%, ante 2,84% na semana passada, segundo o Boletim Focus do Banco Central (BC), publicado nesta segunda-feira, 11/12. A melhora veio após a desaceleração na atividade no 3º trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou na semana passada, a economia brasileira cresceu 0,1% no 3° trimestre, acima do que esperavam os analistas.

Entre abril e junho, a economia brasileira cresceu 1% e no 1º trimestre avançou 1,4%, puxada pela safra recorde. No período de julho a setembro, a agropecuária despencou 3,3% em relação aos três meses anteriores – primeira queda após cinco trimestres no positivo.

Para 2024, a previsão de crescimento subiu de 1,50% para 1,51%, após ficar mais de dez semanas estagnada. Para 2025, a projeção para a economia avançou forte, de 1,90% na semana passada para 2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

O boletim Focus é publicado às segundas-feiras. Foram ouvidas pelo Banco Central mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor corrigir ou confirmar estratégias.

Inflação deve fechar o ano em 4,51%

Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação em 2023, de 4,54% para 4,51%. Na semana passada, o movimento havia sido inverso.

Com a nova desaceleração, a projeção para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue abaixo do teto da meta perseguida pelo BC, que é de 4,75%. A meta deste ano é de 3,25% e será cumprida se o IPCA oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Nesta terça-feira, 12/12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a inflação de novembro, que segundo analistas deve voltar a acelerar por conta da alta dos alimentos. A prévia do índice, publicada há duas semanas, já trouxe esse avanço.

Para o ano que vem, a projeção de inflação avançou de 3,92% para 3,93%; e para 2025 foi mantida em 3,50%. Nos dois casos, o IPCA segue acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%.

Selic deve fechar 2023 em 11,75%

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza a sua última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, o mercado segue com a projeção de que a Selic deve terminar 2023 em 11,75%. Hoje, a taxa básica está em 12,25%.

Para os próximos dois anos, as estimativas também seguem as mesmas. Para 2024, a taxa básica de juros deve terminar em 9,25% ao ano, enquanto para 2025 em 8,75%.

Dólar deve fechar o ano em R$ 4,95

A estimativa para o dólar no fim de 2023 caiu de R$ 4,99 para R$ 4,95. Para 2024, também recuou, de R$ 5,03 para R$ 5 entre uma semana e outra. Para 2025, permaneceu em R$ 5,10.

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