Ibovespa B3 recua 0,41%, com participação dos EUA no conflito entre Israel e Irã; dólar cai a R$ 5,50
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta segunda-feira (23) e o que movimentou os ativos
O Ibovespa B3 operou em baixa durante todo o dia nesta segunda-feira, 23, com os investidores do Brasil e do mundo de olho na entrada efetiva dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã.
As preocupações, no entanto, foram amenizadas durante o pregão, com interpretações de que a resposta do Irã foi mais contida. Com isso, o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira fechou com recuo de 0,41%, aos 136.550,50 pontos.
No sábado, os Estados Unidos atacaram instalações nucleares do Irã e em resposta, no domingo, o parlamento iraniano aprovou o bloqueio do estreito de Ormuz, rota por onde passa cerca de 20% do comércio global de petróleo diariamente.
Hoje, porém, as cotações internacionais do petróleo desabaram com os contratos futuros do petróleo do tipo brent, negociado em Londres, com queda de mais de 6%. Em Nova York, os contratos do petróleo WTI apresentaram desvalorização superior a 7%.
Isso tem reflexos, inclusive, na bolsa do Brasil, que forçou o Ibovespa para baixo, já que as ações da Petrobras registraram forte queda no pregão de hoje, com os papéis preferenciais (PETR4) em queda de 2,50%, e os ordinários (PETR3) com recuo de 2,81%.
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Ibovespa B3 hoje
Neste cenário, o Ibovespa se manteve no negativo durante todo o dia, entre 137.130,13 pontos na máxima e 135.835,25 pontos na mínima do dia. O volume negociado na B3 foi de R$ 21,3 bilhões.
As ações que mais subiram
- BRF (BRFS3): 4,67%
- Marfrig (MRFG3): 4,46%
- RD Saúde (RECV3): 3,64%
- Engie Brasil (EGIE3): 3,37%
- Lojas Renner (LREN3): 2,42%
As ações que mais caíram
- Cosan (CSAN3): -9,00%
- Grupo Vamos (VAMO3): -4,24%
- Raízen (RAIZ3): -4,07%
- Azzas (AZZA3): -4,02%
- IRB (IRBR3): -3,85%
Dólar hoje
A sessão até começou com alta do dólar, refletindo uma busca de parte dos investidores por segurança. Paralelamente, as principais bolsas europeias e parte dos mercados asiáticos registraram quedas, enquanto o Ibovespa também operava em retração. No entanto, ao longo do dia, a aversão a risco amenizou e o petróleo reverteu sua trajetória, operando em queda até o fim da sessão.
Com isso, o dólar comercial interrompeu três altas seguidas diante do real e fechou em baixa de 0,40%, aos R$ 5,50. O movimento vai na mesma direção da divisa norte-americana no resto do planeta. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar na comparação com as principais moedas do mundo, recuou 0,33%, aos 98,39 pontos.
“Essa mudança rápida nos preços do petróleo sinalizou uma reavaliação do mercado, indicando que a retaliação iraniana aos ataques no final de semana, que incluiu um ataque de mísseis a uma base militar dos EUA no Catar, não visava diretamente a infraestrutura de petróleo, diminuindo o temor de uma disrupção severa e sustentada no fluxo global de energia”, destacou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
Bolsas de Nova York
A percepção de alívio com a avaliação de que o Irã não teria poder de fogo para sustentar a guerra contra o EUA fez com que as bolsas de Nova York terminassem o dia em alta.
Assim, o Dow Jones subiu 0,89%, aos 42.581,78 pontos; o S&P 500 avançou 0,96%, aos 6.025,17 pontos; e o Nasdaq fechou em alta de 0,94%, aos 19.630,98 pontos.
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